Sabe aquele famoso retrato da família do Sistema Solar, visto de uma perspectiva quase completa dos planetas? Isso nos leva de volta ao dia dos namorados do ano de 1990, quando a sonda Voyager 1, após uma jornada de quatro bilhões de milhas a partir do Sol, se virou e capturou um mosaico espacial que se tornou uma imagem icônica.
Esse retrato incomum foi realmente composto por 60 frames, aproveitando o ponto de vista privilegiado da sonda, 32 graus acima do plano eclíptico. A partir daí, a câmera de grande angular da Voyager escaneou o Sistema Solar interno, à esquerda, e, no lado direito, até o gigante gasoso Netuno, que era, na época, o planeta mais externo do sistema.
O que estava no incrível retrato do Sistema Solar de 1990?
Nas fotografias tiradas, as posições de Vênus, Terra, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno foram indicadas por letras, enquanto o Sol era o ponto brilhante perto do centro do círculo dos frames. No retrato, o planeta Mercúrio estava muito perto do sol para ser detectado, e Marte – infelizmente, obscurecido pela luz do Sol espalhada pelo sistema óptico da câmera da sonda. A posição do planeta fraco e pequeno Plutão não estava coberta por este mosaico.
Por que este retrato do Sistema Solar é tão importante?
Não só foi um mosaico histórico – o primeiro a mostrar o Sistema Solar de um ponto de vista que quase cobria todos os planetas – mas também deu origem a uma das interpretações mais impressionantes do planeta Terra já produzidas.
Foi esta imagem, juntamente com o quadro destacando a Terra, que inspirou o astrônomo Carl Sagan, um dos idealizadores da missão Voyager, a escrever o belo texto “Pálido Ponto Azul”. Uma das mais belas e fascinantes interpretações já dadas à nossa existência, tudo o que acontece em nosso planeta e a importância da astronomia.
Como o retrato do Sistema Solar é lembrado hoje?
Uma década depois, no ano de 2012, tive a oportunidade incomparável de participar de um Nerdcast, do site Jovem Nerd, onde discutimos muito sobre a conquista espacial do Sistema Solar e sobre a missão do rover Curiosity. Nessa discussão, falamos sobre a missão Voyager e fomos agraciados com a bela interpretação e narração feita por Guilherme Briggs do texto de Carl Sagan.