As missões Apollo, emblemáticas pela condução dos primeiros humanos à Lua, estão gravadas na memória coletiva da humanidade. No entanto, a trajetória do programa espacial norte-americano rumo à superfície lunar é marcada não apenas por vitórias, mas também por derrotas e até tragédias.
A saga dos Estados Unidos para superar a União Soviética na Corrida Espacial remete à origem da NASA, numa época em que a conquista do espaço era uma questão de soberania nacional. Embates políticas a parte, a verdade é que as missões Apollo foram responsáveis por algumas das mais espetaculares jornadas de exploração já realizadas pelo ser humano.
Sobre as Missões Apollo
Antes de falar especificamente de cada uma delas, é importante entender um pouco mais sobre todo o contexto das missões Apollo, que nasceram em um momento pós-Guerra Fria onde os EUA desejavam mostrar sua superioridade tecnológica sobre a União Soviética. O programa Apollo começa muito antes da sua criação, na era espacial impulsionada pelo lançamento do satélite soviético Sputnik 1, o primeiro satélite artificial da Terra, em 1955.
A NASA só foi fundada três anos depois, em 1958, após o sucesso do primeiro satélite americano, o Explorer 1. Passou a ser, então, a organização responsável pelos esforços de natureza civil do programa espacial dos EUA, enquanto os soviéticos dominavam a corrida espacial.
Como ocorreram as missões?
As missões Apollo tiveram início com estudos acerca do solo lunar e as possibilidades de descer um módulo de pouso na superfície lunar. Antes de explorar a Lua com módulos robóticos, pouco se sabia sobre a superfície e havia até mesmo a incerteza sobre a possibilidade de uma nave pousar nela sem “afundar” como em areia movediça.
A partir de então, diversas missões partiram em direção a Lua, sendo que seis conseguiram pousar. Um total de 12 astronautas caminharam no solo lunar realizando experimentos científicos e coletando dados valiosos para o entendimento do satélite. Eles utilizaram diferentes tipos de foguetes lançadores e cada missão tinha um objetivo específico.
A Apollo 1 e a tragédia espacial
A primeira tragédia espacial dos Estados Unidos ocorreu com a missão Apollo 1, que resultou na morte dos astronautas Virgil Grissom, Edward White e Roger Chaffee, em um acidente com um incêndio na cabine de comando. O evento, que ocorreu antes mesmo da espaçonave decolar, chocou o mundo e se tornou um marco na história da exploração espacial.
Apesar disso, o programa não sofreu abalos. As missões Apollo prosseguiram, cada uma com seu objetivo especifico e seu grau de sucesso, trazendo um avanço tecnológico e científico imensurável para a história da humanidade.
O legado das Missões Apollo
Apesar do encerramento do programa Apollo, o legado deixado pelas missões é inestimável: aperfeiçoamento tecnológico, avanços científicos e a constatação de que podemos, de fato, romper fronteiras até então inimagináveis.
Hoje, a NASA já se prepara para novas missões lunares, através do programa Artemis. As expectativas são de que, a partir de 2024, sejam realizadas viagens tripuladas, com mulheres integrando a tripulação, à superfície lunar. Uma evolução da ousadia humana que teve seu ponto de partida anos atrás com as missões Apollo.