O Pará se destaca como o maior produtor de cacau do Brasil, sendo responsável por cerca de 50% de toda a produção nacional deste fruto, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com um volume anual de aproximadamente 152 mil toneladas de amêndoas, a atividade cacaueira paraense representa uma parte significativa da economia do estado.
Clima favorável do Pará
A região norte do Brasil, especialmente o estado do Pará, é propícia para o cultivo do cacau devido ao clima favorável e ao solo rico em nutrientes, especialmente na região amazônica. No Pará, a produção de cacau é concentrada principalmente na região da Transamazônica, onde municípios como Medicilândia se destacam como epicentro do polo cacaueiro. Outros municípios importantes incluem Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Vale do Xingu, Tucumã e Tomé-Açu.
Além da importância econômica, a produção de cacau na região amazônica desempenha um papel fundamental na promoção do desenvolvimento sustentável. Projetos como o Tipitix têm como objetivo apoiar os agricultores familiares da região, promovendo soluções sustentáveis e lançando produtos no mercado. A atenção especial do governo do estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), visa fortalecer as ações de monitoramento e prevenção de pragas, como a Monilíase, que representam uma ameaça à produção de cacau e cupuaçu.
A Monilíase é uma doença causada por fungos que pode causar danos significativos às plantações de cacau e cupuaçu, resultando na perda de até 100% da produção em áreas sem controle da doença. Por isso, a vigilância fitossanitária é crucial para evitar a introdução do fungo no território paraense. A Adepará, em parceria com o setor agrícola e as prefeituras, realiza inspeções e cadastramentos de propriedades, intensificando as ações de prevenção.
O Plano Estadual de Prevenção, Supressão e Erradicação da Monilíase, elaborado em parceria com órgãos federais, visa sensibilizar as comunidades sobre os riscos da doença e desenvolver ações fitossanitárias para sua prevenção. A educação fitossanitária, o monitoramento das propriedades e o engajamento dos produtores são medidas essenciais para proteger a produção de cacau e cupuaçu no Pará, garantindo a sustentabilidade econômica e social dessa importante atividade agrícola.