O conclave é um evento de grande importância na Igreja Católica, responsável pela escolha do novo papa. Este processo, que ocorre desde o século XIII, é caracterizado por sua natureza secreta e isolada. A palavra “conclave” vem do latim “cum clave”, que significa “com chave”, simbolizando o isolamento dos cardeais durante a eleição.
Historicamente, a duração dos conclaves variou bastante. O mais longo registrado ocorreu após a morte de Clemente IV, em 1268, e durou quase três anos. Este conclave foi marcado por divisões entre cardeais italianos e franceses, resultando na eleição de Gregório X.
Para evitar futuras demoras, Gregório X estabeleceu regras para tornar o processo mais eficiente.
Além do conclave de 1268, outros dois também se destacam pela longa duração. Entre 1314 e 1316, os cardeais levaram 27 meses para eleger João XXII, novamente devido a divisões internas. Mais tarde, entre 1415 e 1417, o conclave que elegeu Martinho V durou dois anos, encerrando o Grande Cisma do Ocidente, um período em que a Igreja teve três papas simultâneos.
Como o isolamento influencia o processo de eleição
O isolamento dos cardeais durante o conclave é uma prática tradicional que visa garantir a imparcialidade e a concentração dos eleitores. Sem acesso a comunicação externa, como televisão, telefone ou internet, os cardeais podem se dedicar exclusivamente à escolha do novo líder da Igreja.
Conclave mais curto
Em contraste com os conclaves mais longos, o conclave de 1503 é conhecido como o mais curto da história, durando apenas algumas horas. O cardeal italiano Giuliano della Rovere foi eleito papa Júlio II praticamente por aclamação, devido ao consenso prévio em torno de seu nome.
Nos últimos tempos, a duração dos conclaves tem diminuído, com a média dos últimos dez conclaves sendo de apenas três dias.