O trigo, um dos alimentos básicos mais consumidos em todo o mundo, é um cereal originário de climas temperados, tendo suas raízes na Mesopotâmia, no Oriente Médio. Utilizado na produção de sêmola, farinha e pão, é uma fonte crucial de carboidratos e nutrientes para bilhões de pessoas globalmente. Sua importância transcende fronteiras, sendo parte integrante de diversas culturas culinárias ao redor do globo.
No entanto, a produção e o comércio mundial de trigo são dominados por apenas uma dúzia de países capazes de exportá-lo em larga escala. A China se destaca como o maior produtor global de trigo, com uma produção anual robusta de 138 milhões de toneladas em 2022-23. Apesar disso, a China importa mais de 10 milhões de toneladas anualmente para suprir sua demanda interna, mantendo enormes reservas do cereal.
Seguindo a China, a Rússia emerge como outro grande protagonista no mercado mundial de trigo. Com uma colheita recorde em 2022-23, estimada em torno de 92 a 100 milhões de toneladas, a Rússia é o principal exportador global de trigo, respondendo por cerca de um quarto do comércio mundial deste cereal. No entanto, esse cenário é similar ao da carne de frango, onde os Estados Unidos são tanto o maior produtor quanto o maior consumidor. Enquanto a China lidera a produção de trigo, a maior parte de sua produção é consumida internamente, deixando o mercado de exportação para países como a Rússia e outros produtores menores.
Consumo interno de trigo na China
Assim como ocorre com a carne de frango, a China mantém uma posição dominante na produção de trigo, mas sua prioridade interna limita as oportunidades de exportação para outros grandes produtores como a Rússia, Estados Unidos e outros países exportadores de trigo. Essa dinâmica destaca a complexidade do mercado global de alimentos e a interdependência entre os principais players na produção e no comércio de commodities agrícolas como o trigo.