Presidente do STF revela que Estados Unidos ajudaram a salvar o Brasil de um golpe

Em 2022, o cenário político brasileiro foi marcado por tensões e incertezas, especialmente em relação à integridade do processo eleitoral. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que o apoio dos EUA foi crucial para evitar a adesão dos militares a uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Barroso, que também presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2020 e 2022, revelou ter solicitado declarações de apoio à democracia brasileira por parte dos Estados Unidos. Segundo ele, essa estratégia foi importante, pois os militares brasileiros tendem a evitar conflitos com os EUA, de onde obtêm recursos e equipamentos.

Reação da oposição

A declaração de Barroso gerou reações intensas entre parlamentares da oposição a Lula. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, por exemplo, interpretou a fala como uma confirmação de interferência americana nas eleições de 2022. Ele questionou se era apropriado para um juiz da suprema corte pedir intervenção estrangeira em assuntos internos do Brasil.

Outro parlamentar, Filipe Barros, considerou a declaração de Barroso uma “bomba”, sugerindo que ela evidencia um esquema que teria sufocado a democracia brasileira desde 2019. Carlos Jordy, por sua vez, criticou o que chamou de “contorcionismo cínico” do STF na política nacional.

Como a história dos EUA com o Brasil influencia essa percepção

Barroso também mencionou o histórico de intervenções dos Estados Unidos na política brasileira, como o apoio ao golpe militar de 1964. No entanto, ele destacou que, nos últimos anos, a postura dos EUA mudou, oferecendo suporte à democracia brasileira em momentos críticos.

Essa mudança de postura dos EUA pode ser vista como um reflexo das relações diplomáticas entre os dois países, que têm evoluído ao longo das décadas. A busca por apoio internacional em momentos de crise política não é inédita.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.