Por que muitos brasileiros estão sacando R$ 1.518 após 2 anos de trabalho?

O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) foram criados para integrar o empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. No entanto, muitos trabalhadores que contribuíram para esses programas até 1988 podem ter valores esquecidos, que não foram sacados na época.

Esse dinheiro não tem relação com o abono salarial anual, mas sim com cotas acumuladas ao longo dos anos de trabalho com carteira assinada.

Essas cotas eram depositadas mensalmente pelos empregadores em nome dos funcionários, mas só podiam ser retiradas em casos específicos, como aposentadoria, doença grave ou ao completar 70 anos. Com o passar do tempo, muitos trabalhadores não chegaram a sacar esses valores, que agora podem ser resgatados mediante um processo específico.

Quem tem direito ao resgate das cotas do PIS/PASEP?

O direito ao resgate das cotas do PIS/PASEP é garantido a trabalhadores que atuaram com carteira assinada entre 1971 e 1988. Além disso, herdeiros de pessoas que trabalharam nesse período também podem ter direito ao saque. É importante destacar que o saque é único, ou seja, após realizado, não há mais valores a serem retirados.

O governo federal estima que cerca de 10 milhões de pessoas ainda possam ter valores a receber, com uma média de R$ 2.800 por beneficiário. Para verificar se há algum valor disponível, é necessário realizar uma consulta específica e seguir os procedimentos para o resgate.

Como consultar e solicitar o resgate do PIS/PASEP esquecido

Para consultar se há valores esquecidos do PIS/PASEP, é necessário acessar o portal REPIS Cidadão. O processo envolve a inserção do CPF e da senha do gov.br, além do Número de Identificação Social (NIS), que pode ser encontrado na carteira de trabalho ou em outros documentos relacionados ao FGTS.

Após a consulta, caso haja valores a serem resgatados, o interessado deve comparecer a uma agência da Caixa Econômica Federal para protocolar o pedido de ressarcimento. No caso de herdeiros, é necessário apresentar documentos que comprovem o parentesco e a autorização para o saque.

Documentos necessários para o saque

Para realizar o saque das cotas do PIS/PASEP, o titular deve apresentar um documento de identificação pessoal. No caso de herdeiros, é necessário apresentar:

  • Certidão PIS/PASEP/FGTS emitida pela Previdência Social com a relação de dependentes habilitados à pensão por morte;
  • Declaração de dependentes habilitados à pensão emitida pelo órgão pagador do benefício;
  • Autorização judicial ou escritura pública assinada por todos os dependentes e sucessores, atestando a autorização do saque.

Os valores das cotas do PIS/PASEP serão liberados conforme o cronograma estabelecido pelo governo. Os pedidos de resgate devem ser enviados ao Ministério da Fazenda, e a liberação ocorre em datas específicas ao longo de 2025. 

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