Recentemente, uma mesma mancha solar surpreendeu os astrônomos ao lançar três erupções consecutivas, incluindo uma das mais poderosas dos últimos seis anos. Embora o jato de plasma resultante tenha atingido a Terra, o impacto foi consideravelmente mais suave do que o previsto.
O Sol, com seu ciclo de 11 anos de atividade solar, encontra-se no atual Ciclo Solar 25, caracterizado por concentrações de energia nas manchas solares. Essas manchas, representando emaranhados de linhas magnéticas, podem gerar explosões massivas que lançam partículas carregadas de radiação para fora da estrela.
A mancha solar AR3514 protagonizou uma erupção de classe M, seguida por uma explosão recorde de classe X2.8. Esperava-se que esses eventos desencadeassem tempestades geomagnéticas no nível G2 no domingo seguinte. Contudo, contrariando as expectativas, o jato de plasma resultante errou o alvo ou atingiu a Terra de maneira tão suave que os sensores de satélite não conseguiram detectá-lo.
Apesar do impacto mínimo na magnetosfera terrestre, o evento provocou a formação de auroras. Kashmir Williams, que capturou o espetáculo em Neah Bay, Washington, relatou que as auroras eram visíveis mesmo sem a necessidade de uma câmera.
O comportamento inusitado desse fenômeno solar destaca a complexidade e a imprevisibilidade das atividades solares, desafiando as previsões dos cientistas. Mesmo diante do erro de previsão, a observação das auroras proporcionou um espetáculo celeste cativante, reforçando a fascinante interação entre o Sol e a Terra.