Pegadinhas no Enem 2024: saiba quais são e como se preparar
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma avaliação que exige domínio da língua portuguesa. É importante que os candidatos estejam atentos a erros comuns para garantir uma boa pontuação, especialmente na prova de Língua Portuguesa e na redação.
Professores de diversas instituições têm destacado as falhas mais recorrentes, proporcionando orientações valiosas sobre como evitá-las. Entre os deslizes gramaticais mais frequentes, destacam-se erros no uso de “mas” e “mais”, “a ver” e “haver”, além de equívocos relacionados à crase, concordância verbal e nominal, e estrutura sintática.
Compreender a correta aplicação dessas regras é crucial para quem deseja aumentar suas chances de sucesso no Enem 2023.
Erros mais comuns no uso de “mas” e “mais”
Os candidatos ao Enem muitas vezes se confundem entre o uso de “mas” e “mais”. O termo “mais” está associado à ideia de adição ou intensidade, sendo o oposto de “menos”. Já “mas” é usado para indicar uma adversidade, funcionando como sinônimo de “porém”.
Exemplos ilustram essas diferenças: “Estudamos mais horas do que o previsto” versus “Ele estudou para o exame, mas não obteve a nota desejada”.
Entender essa distinção é fundamental, pois a troca inadequada das palavras pode alterar completamente o sentido de uma frase, levando a erros de interpretação e correção.
Como evitar erros com o verbo “haver”
Outro erro comum envolve o uso do verbo “haver”. Quando está no sentido de “existir” ou “ocorrer”, o verbo é impessoal e, portanto, deve ser utilizado na terceira pessoa do singular. A forma correta é “houve dificuldades”, e não “houveram dificuldades”.
O uso de “haver” é frequentemente confundido com a expressão “a ver”. Esta última sugere uma relação entre elementos, como em “Isso tem tudo a ver com o tema abordado”. É vital que os candidatos compreendam essas diferenças para o uso correto durante o exame.
Por que a crase é tão desafiadora?
A crase se destaca como um dos fenômenos linguísticos mais desafiadores para os candidatos ao Enem. O seu uso ocorre, principalmente, em casos onde há uma fusão entre a preposição “a” e o artigo definido “a”, criando o “à”.
Exemplos típicos incluem “Ele foi à escola”, substituindo por “Ele foi ao colégio”, confirmando a necessidade de crase.
No entanto, é importante lembrar que a crase não é utilizada antes de verbos ou pronomes pessoais, e sua aplicação inadequada pode comprometer a coesão e a clareza de um texto.
Outras falhas gramaticais que devem ser evitadas
Além dos erros mencionados, outros deslizes como falhas de estrutura sintática, uso inadequado de vírgulas e vocativos, e confusões com concordância verbal e nominal também são frequentes. Os candidatos devem reler suas respostas para garantir que estas estejam de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
Erros no uso de palavras como “afim” e “a fim”, “mal” e “mau”, “agente” e “a gente” também merecem atenção. O entendimento desses termos é essencial para evitar problemas de coerência e coesão textual.
Preparação adequada pode ajudar
Preparar-se adequadamente para o Enem envolve mais do que estudar conteúdo factual. É crucial que os candidatos pratiquem a escrita e revisem normas gramaticais regularmente. Exercícios de redação, junto a simulados, podem ser muito úteis para fixar o conhecimento e identificar áreas que ainda necessitam de melhoras.
Com disciplina e atenção aos detalhes, os candidatos estarão melhor equipados para lidar com a prova de Língua Portuguesa, evitando erros comuns e garantindo que suas habilidades sejam adequadamente refletidas em suas notas finais.