Dois padres católicos da Congregação dos Filhos Missionários do Imaculado Coração de Maria (Claretianos), que foram sequestrados na Nigéria no início de fevereiro, foram libertados e conduzidos a um hospital para exames médicos. Os religiosos, padre Kenneth Kanwa e padre Jude Nwachukwu, foram sequestrados em 1º de fevereiro na casa paroquial da Paróquia de São Vicente de Paulo Fier, na diocese de Pankshin, estado de Plateau.
A libertação ocorreu nas primeiras horas de 8 de fevereiro, conforme confirmado pelo padre Polycarp Lubo, presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN) em Plateau. Embora não tenha sido divulgado se um resgate foi pago, a polícia afirmou que nenhum suspeito está sob custódia no momento.
A Crescente Violência na Nigéria
Esse sequestro ocorreu em meio a um cenário de crescente violência na Nigéria, com casos de crimes frequentemente atribuídos à tribo Fulani. A Muslim Rights Concern (MURIC), uma ONG baseada na fé, alertou contra conclusões precipitadas, destacando que perfilar os Fulanis como responsáveis por todos os crimes é ingênuo e pode levar a investigações equivocadas.
O diretor executivo do MURIC, professor Ishaq Akintola, ressaltou a importância de uma abordagem mais madura na busca pela verdade e justiça. Ele mencionou casos em que a atribuição rápida de crimes aos Fulanis desviou a atenção dos verdadeiros culpados, prejudicando os esforços para combater o crime de maneira eficaz.
Essa situação reflete desafios mais amplos enfrentados pelo governo nigeriano, incluindo a necessidade de uma análise mais aprofundada antes de culpar uma tribo específica. O incidente ressalta a complexidade e a sensibilidade envolvidas nas questões étnicas e de segurança na Nigéria, destacando a importância de abordagens equilibradas e imparciais na busca por justiça.