O vinho vai acabar? França escondeu segredo que veio à tona e surpreendeu muitos

O setor vinícola na França está atravessando uma fase complicada, gerada principalmente pela redução no consumo de vinho. Mesmo sendo o maior produtor mundial, com 789 mil hectares dedicados à produção em 2023, a crise tem impulsionado o governo francês a buscar soluções inovadoras para equilibrar o mercado.

O principal objetivo é evitar que a baixa demanda resulte em preços depreciativos que prejudiquem os produtores. Para enfrentar este cenário desafiador, o governo francês propõe uma medida drástica. Estão oferecendo um incentivo financeiro considerável aos viticultores que optarem por destruir parte de seus vinhedos.

Com o pagamento de 4 mil euros por hectare destruído, espera-se remover até 30 mil hectares, o equivalente a 27 mil campos de futebol, do total de vinhas, reduzindo 4% da produção nacional.

Por que o consumo de vinho francês está caindo?

A queda no consumo de vinhos franceses tem suas raízes em dois fatores principais. Em primeiro lugar, há uma perceptível mudança de hábitos entre os consumidores, especialmente entre os jovens.

Um estudo mencionado pela rádio francesa RFI destaca que menos de um terço dos apreciadores têm menos de 40 anos. Essa faixa etária prefere refeições rápidas, que normalmente são acompanhadas por cerveja, em vez de vinho francês.

Quando os jovens optam por vinho, suas preferências tendem a ser pelo vinho branco, rosé ou tintos mais leves, ao invés dos tradicionais vinhos franceses mais encorpados. Essa mudança de hábito tem tido um impacto significativo nas vendas internas do país.

Efeitos no mercado internacional de vinhos

Outro fator crucial para a crise no setor vinícola é a queda nas exportações. Em 2023, as exportações de vinhos franceses caíram 10% em comparação a 2022. A principal razão para essa redução é a diminuição das compras por parte da China.

O mercado chinês, que historicamente foi um grande importador de vinhos franceses, agora está se voltando para seus próprios produtores locais e importando de outros países, como Espanha e Itália.

Diante desses desafios, o governo francês começou a implementar medidas para mitigar os impactos negativos sobre a economia vinícola. 

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