O “velho da Havan” é o mais rico do Brasil, mas esta família pode tomar seu posto

Luciano Hang, o fundador e proprietário da Havan, mantém-se na liderança do setor de varejo no Brasil em 2024. Apesar de enfrentar um significativo declínio de 26% no seu patrimônio, totalizando agora R$ 12,05 bilhões, Hang segue como o maior bilionário do setor. 

A Lista Forbes de Bilionários Brasileiros 2024 revela que o setor de varejo, composto por 20 nomes, acumula uma fortuna conjunta de impressionantes R$ 62,39 bilhões.

Quem é Luciano Hang?

Luciano Hang é uma figura simbólica no cenário do varejo brasileiro. Com 61 anos e natural de Santa Catarina, Hang fundou a Havan em 1986 em Brusque (SC) ao lado do ex-sócio Vanderlei de Lima. 

A empresa cresceu exponencialmente e hoje possui mais de 170 lojas físicas espalhadas pelo país. No primeiro semestre de 2024, o faturamento da Havan cresceu 20% em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando R$ 7,29 bilhões.

Michael Klein e família ocupam o segundo lugar do ranking 

Logo atrás de Hang está Michael Klein, um renomado empresário, que possui uma fortuna estimada em R$ 5,7 bilhões. Pai de quatro filhos e casado com Maria Alice Klein, Klein tornou-se uma figura essencial no cenário empresarial brasileiro, especialmente pela sua relação com as Casas Bahia. 

Fundadas por seu pai, Samuel Klein, em 1957, as Casas Bahia são uma das maiores redes de varejo do país. Apesar de ter perdido o controle após uma fusão, Michael Klein conseguiu reconquistar a empresa em 2019.

Michael nasceu em 27 de novembro de 1950, em Munique, Alemanha. Entretanto, após um ano de vida, sua família se mudou para o Brasil. Seu pai, Samuel Klein, um judeu sobrevivente dos campos de concentração nazistas, e sua mãe, Ana, decidiram buscar um ambiente mais seguro para criar seu filho. Em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, abriram a primeira loja das Casas Bahia.

Michael Klein e as Casas Bahia

Aos 18 anos, Michael Klein começou sua jornada profissional nas Casas Bahia, trabalhando como auxiliar de almoxarifado. Seu pai o encorajou a assumir responsabilidades, e Michael aceitou o desafio. Com o tempo, ele subiu na hierarquia da empresa e, em 2005, tornou-se diretor da rede, dividindo o cargo com seu irmão Saul.

A dedicação total ao cliente sempre foi o diferencial das Casas Bahia. Na década de 70, a rede já possuía sete filiais graças ao sistema de vendas a crédito no carnê, que permitiu às classes C e D adquirirem produtos de qualidade.

Qual foi a importância das fusões para as Casas Bahia?

Em 2009, Michael Klein e seu pai decidiram fundir as Casas Bahia com o Ponto Frio, resultando na criação da Via Varejo. 

Esta fusão, que envolveu mais de mil lojas e 68 mil funcionários, foi a maior já vista no Brasil até então, atingindo um faturamento de R$ 18 bilhões. No entanto, divergências internas levaram Michael Klein a vender parte das ações, reduzindo a participação da família Klein na empresa.

Investimentos paralelos de Michael Klein

Além de seu envolvimento nas Casas Bahia, Michael Klein diversificou seus investimentos. Ele construiu uma carteira imobiliária avaliada em mais de R$ 5 bilhões e alugou imóveis para grandes empresas. 

Além disso, ele lançou uma empresa de aviação executiva, CB Air, que mais tarde se transformou na Icon Aviation. Outros empreendimentos incluem a aquisição de Morro Vermelho e a criação da CB Motors.

Como Michael Klein retomou a Via Varejo?

Em 2019, o Grupo Pão de Açúcar desfez-se de 36,2% da Via Varejo, oferecendo a oportunidade perfeita para Michael Klein retomar o controle da empresa. Investindo R$ 100 milhões e contando com parceiros financeiros, Klein readquiriu quase 40% da Via Varejo. 

Sob sua nova liderança, trouxe novos executivos e deu uma reviravolta nos negócios. Em 2020, ele passou a presidência do conselho de administração para seu filho Raphael Klein.

Dessa forma, Michael Klein se consolidou não só como herdeiro de um império, mas sobretudo como um visionário e estrategista, sempre buscando novas oportunidades de crescimento e inovação.