Eduardo, o Confessor, foi um dos reis mais notórios da Inglaterra, mas sua fascinante vida é pouco conhecida por muitos. Nascido em 1003 em Islip, Oxfordshire, Eduardo reinou de 8 de junho de 1042 a 5 de janeiro de 1066.
Famoso por ser o penúltimo Rei saxão da Inglaterra, Eduardo também era conhecido por sua devoção ao catolicismo. Na verdade, sua fé era tão forte que foi canonizado pelo Papa Alexandre III em 1161. Hoje, é reconhecido como santo tanto pela Igreja Católica quanto pela Comunhão Anglicana.
Como Eduardo se tornou rei?
Durante a invasão dinamarquesa de 1013, Eduardo, seu pai Etelredo II, seu irmão Alfredo e o resto da família foram forçados a fugir para a Normandia. Lá, Eduardo permaneceu na corte do Duque da Normandia, Roberto I, até ser convidado a retornar à Inglaterra por seu meio-irmão Canuto II em 1041.
No ano seguinte Canuto II morreu, possivelmente envenenado, e Eduardo assumiu o trono, restaurando a dinastia saxã iniciada por Alfredo, o Grande. Foi coroado na Catedral de Winchester em 3 de abril de 1043.
As dificuldades de seu reinado
Grande parte dos conflitos durante o reinado de Eduardo surgiram de sua preferência pelos nobres normandos, entrando em conflito com seus súditos saxões e dinamarqueses. Por essa razão, optou por casar-se em 1045 com Edite de Wessex, filha de Goduíno de Wessex. Foi uma tentativa bem-sucedida de acalmar as tensões, pois apesar do casamento não gerar descendência, eles se tornaram grandes amigos.
O legado e canonização de Eduardo
A morte de Eduardo em 1066 levou a um episódio tumultuado na história. Seu primo, Guilherme, Duque da Normandia, alegou ser seu sucessor com base em uma suposta promessa feita por Eduardo. No entanto, os nobres ingleses escolheram Haroldo II, filho de Goduíno de Wessex, como rei. Essa disputa culminou na Batalha de Hastings, na qual Guilherme venceu.
Eduardo é lembrado como um governante justo e um homem de grande fé. Foi canonizado pelo papa Alexandre III em 1161 e é celebrado no dia 13 de Outubro. Ele foi enterrado na Abadia de Westminster, que ele próprio mandou construir, cementando ainda mais sua marca na história da Inglaterra.