A sustentabilidade está cada vez mais presente no cenário agrícola mundial. Nesse contexto, um sistema que tem se destacado é o Sistema de Plantio Direto (SPD), adotado por um número expressivo de agricultores brasileiros, na busca por um manejo de solo mais consciente. De acordo com a Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp), 90% das áreas ocupadas com lavouras de grãos no Brasil estão sob o manejo do SPD.
Esse sistema se diferencia pela sua proposta de diminuição do impacto ambiental da agricultura. Ainda que os desafios para cumprir à risca as técnicas do sistema sejam presentes, muitos agricultores têm apostado nessa alternativa que visa o aumento da produtividade e a diminuição dos custos de produção.
Entendendo o Sistema de Plantio Direto
O plantio direto é caracterizado por ser um plantio que ocorre sem revolvimento (ou com revolvimento mínimo) do solo. Em outras palavras, não é realizado o processo de aração ou gradagem. As sementes são depositadas em um sulco ou cova com profundidade e largura adequados, com a manutenção da cobertura do solo.
Quais os pilares do SPD?
Para consolidar o sistema de plantio direto é necessário compreender e manter seus três pilares fundamentais, sendo eles:
- Mínimo ou não revolvimento do solo
- Manutenção da cobertura do solo (cobertura morta)
- Rotação de culturas – rotação, sucessão e/ou consórcio de outras culturas de espécies diferentes
Essa compreensão é extremamente importante, pois é por meio da completa implementação do SPD que é possível otimizar o Manejo Integrado de Pragas, doenças e o controle de plantas daninhas.
Quais são as vantagens do Plantio Direto?
O sistema de plantio direto traz uma gama de vantagens para o agricultor, entre elas, podemos destacar: a redução e eliminação de operações de preparo de solo, diminuição da erosão, efeito positivo sobre a diminuição das plantas daninhas, quebra de ciclo de insetos e doenças pela rotação de cultura e aumento da matéria orgânica do solo.
Em contraponto, o SPD também traz alguns desafios para o manejo das lavouras. Entre eles, podemos destacar a maior dificuldade no controle de plantas daninhas, a compactação do solo e a necessidade de investimento em maquinário adequado para a prática do sistema.
Plantio Direto e Convencional: Principais Diferenças
Existem grandes diferenças entre o manejo do plantio convencional e do plantio direto. O diferencial mais marcante é a questão do revolvimento do solo. Enquanto em um sistema convencional há a necessidade de arar e gradear o solo, no plantio direto as sementes são depositadas diretamente no solo, sem necessidade de revolvê-lo, com uma cobertura de palha que ajuda a manter a umidade e aumenta a quantidade de matéria orgânica presente.