O Parlamento alemão elegeu Friedrich Merz como o novo chanceler federal. Representando a União Democrata Cristã (CDU), Merz sucede Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), após três anos de governo. Esta eleição marca Merz como o terceiro membro da CDU a liderar a Alemanha desde a reunificação do país em 1990.
A eleição de Merz não foi um processo simples. Na primeira rodada de votação, ele não conseguiu os votos necessários, alcançando apenas 310 dos 316 requeridos. Na segunda tentativa, no entanto, Merz obteve sucesso com 325 votos a favor, superando os desafios iniciais e consolidando sua posição como chanceler.
Merz assume o cargo em um momento de tensão política e social na Alemanha. O país recentemente passou por um período eleitoral tumultuado, impulsionado por incidentes violentos que reacenderam o debate sobre imigração.
Como resultado, a imigração se tornou um dos principais focos do novo governo, com Merz prometendo medidas mais rígidas para controlar a entrada de imigrantes sem documentação.
Além disso, a economia alemã enfrenta dificuldades significativas. A recessão econômica dos últimos anos e as pressões externas, como as tarifas comerciais dos Estados Unidos, colocam desafios adicionais para o novo chanceler. A indústria alemã, em particular, está sob pressão devido aos altos custos de energia e à concorrência global.
Como será a nova coalizão de governo
A coalizão “preto-vermelho”, formada pela CDU, CSU e SPD, é a base do novo governo. Este acordo de coalizão inclui um endurecimento das políticas de imigração e uma revisão das regras de cidadania. Na economia, o governo busca reduzir os custos de energia e promover investimentos em infraestrutura e defesa.
O SPD, parceiro de coalizão, mantém influência significativa no governo, com membros ocupando posições-chave como vice-chanceler e ministro das Finanças.