Nova moeda do BC vai acabar com o dinheiro físico? Confira sua carteira agora
O Banco Central do Brasil deu início aos testes do DREX, uma versão digital do real que promete mudar a forma como transações financeiras são realizadas no país. Utilizando a tecnologia blockchain, o DREX tem o potencial de transformar não apenas o mercado financeiro, mas também a economia doméstica.
No entanto, a possibilidade de uma transição completa do dinheiro físico para o digital levanta preocupações e debates significativos.
Enquanto o DREX busca oferecer uma alternativa moderna ao papel-moeda, a deputada Júlia Zanatta (PL) está empenhada em garantir que esta inovação não condene o dinheiro vivo à extinção. Para tanto, a parlamentar propôs uma emenda à Constituição que preservaria a circulação do papel-moeda.
Como funciona o DREX
O DREX propõe-se a ser mais do que um meio de transferência instantânea, como o serviço existente do Pix. Enquanto o Pix é utilizado para transações rápidas entre contas bancárias, o DREX objetiva oferecer transações mais complexas.
A nova moeda digital destina-se especialmente ao mercado financeiro, facilitando operações de câmbio e negociação de ativos digitais sem intermediários. Além disso, proporcionará a utilização de contratos inteligentes.
Contratos inteligentes são programas automatizados que operam com base em condições predefinidas e oferecem segurança e eficiência nas transações. Isto incluiu processos como a compra e venda de imóveis e veículos, onde a burocracia é reduzida e a imutabilidade dos contratos é garantida, diminuindo assim custos operacionais.
Fim do dinheiro de papel
Com a introdução do DREX, surge a pergunta: estamos caminhando para o fim do dinheiro de papel? Até o momento, a resposta é não. O DREX ainda está em fase de testes, e sua implementação em larga escala não está imediatamente no horizonte. Entretanto, a discussão sobre o equilíbrio entre o digital e o físico é crucial.
A deputada Júlia Zanatta argumenta que a preservação do papel-moeda é essencial para garantir a liberdade econômica dos indivíduos. Ela ressalta que o dinheiro em espécie é vital para trocas diretas e voluntárias.