No espaço há 46 anos: Sonda Voyager 1 segue em atividade
No mundo das explorações espaciais, um evento bastante notável acaba de ocorrer. O Allen Telescope Array (ATA), posicionado no estado da Califórnia, registrou um sinal oriundo da Voyager 1. Este satélite – um feito impressionante da NASA – alçou voo do nosso planeta há 45 anos e, no presente, encontra-se aproximadamente a 23 bilhões de quilômetros da Terra, superando a órbita de Plutão.
Aos olhos dos astrônomos, este é um marco verdadeiramente significativo. Valle lembrar que o nosso planeta tem como margens mais remotas a borda do disco de cometas e asteroides conhecido como Nuvem de Oort. Esta sonda carregada de história e descobertas encontra-se percorrendo estas fronteiras, em um lugar aonde nenhum objeto humano jamais chegou.
Como foi alarmado o sinal vindo da Voyager 1?
O evento foi registrado no dia 9 de julho do corrente ano. A captura do sinal da Voyager 1 foi feita através de uma rede de 20 antenas parabólicas do ATA, cada uma com uma largura de 6,1 metros. Durante o período de contato, que durou cerca de 15 minutos, foram coletados uma série de dados que foram posteriormente armazenados para análise.
Qual a contribuição deste feito para as pesquisas espaciais?
A captação do sinal deste aparelho tão distante é um verdadeiro testemunho da excelência e capacidade do ATA. A confirmação deste acontecimento deu-se por meio de comunicado expedido pelo Instituto SETI, gestor do ATA. A nota ressaltou que o sucesso da operação era reflexo do árduo e dedicado trabalho dos envolvidos desde o início da reforma do programa, em 2019. Entretanto, o comunicado não especificou quais informações foram extraídas na ocasião.
Desde maio deste ano, a NASA tem empreendido esforços para entender uma falha na sonda que resultou no envio de dados incoerentes sobre sua localização para o nosso planeta. Apesar do problema ainda não ter sido solucionado, os especialistas acreditam que a Voyager 1 esteja segura e em operação normal, pois, caso os dados estivessem corretos, a sonda não estaria corretamente direcionada para a Terra.
Os feitos da Voyager 1 são inquestionáveis. Nos últimos dez anos, ela tem navegado pelo espaço interestelar com a missão de explorar regiões além da fronteira da heliosfera, a bolha de plasma criada pelo Sol que envolve os planetas. Em seu trajeto, já coletou dados valiosos e contribuiu para nossa compreensão do espaço, ainda que esteja prevista para descontinuar seu funcionamento em 2025, por esgotamento de combustível. De qualquer forma, seus feitos permanecerão eternizados na história da astronáutica.