Para a surpresa e alívio da equipe de engenharia da NASA, um teste recente para restabelecer contato com a sonda Voyager 2 obteve sucesso. Lançada em 1977, a Voyager 2 segue seu percurso no espaço a uma distância incrível de mais de 19,9 bilhões de quilômetros da Terra, agora se movendo muito além do Sistema Solar.
Previsto inicialmente para ser redefinido apenas em 15 de outubro, quando a sonda realizaria uma manobra de realinhamento, o contato foi restabelecido antecipadamente. Graças à combinação de técnicas avançadas e a utilização de vários observatórios terrestres que compõem a Rede de Espaço Profundo (DSN).
Como foi o processo?
O ocorrido foi celebrado como uma grande conquista pela equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), responsável por construir e operar a sonda.
As instalações da Rede de Espaço Profundo da agência, localizadas em Camberra, na Austrália, desempenharam um papel crucial nesse feito. Eles enviaram o que foi descrito como um “grito interestelar”, utilizando o transmissor de maior potência para enviar a ordem, programando seu envio durante as melhores condições de passagem de rastreamento de antena.
O que isso significa para o futuro da exploração espacial?
A confirmação da ordem que endireitou a nave demorou 37 horas para chegar devido ao tempo de luz unidirecional de 18,5 horas.
A sonda, em seguida, começou a retornar os dados científicos e de telemetria, indicando que está operando normalmente e que permanece na trajetória esperada. Este é um testemunho do incrível avanço da tecnologia espacial, provando que podemos interagir com aeronaves muito além do nosso sistema solar.
Para onde a Voyager 2 vai agora?
Vale lembrar que a Voyager 2 e sua sonda gêmea, a Voyager 1, têm a missão de explorar o espaço interestelar. Antes de deixar o Sistema Solar, a Voyager 2 explorou Júpiter e Saturno e foi a primeira nave a visitar Urano e Netuno.
As duas naves, resistentes a uma jornada longa e incansável, continuam a transmitir dados científicos, apesar de suas baterias serem esperadas para se esgotarem em algum ponto a partir de 2025. Mesmo depois disso, elas continuarão a vagar pela Via Láctea, provavelmente pela eternidade, em silêncio.