A Meta, controladora do Instagram e Facebook, anunciou esta semana que começará a ocultar conteúdos sobre suicídio, autolesão e distúrbios alimentares em contas de adolescentes. Além disso, colocará os adolescentes na “configuração de controle de conteúdo mais restritiva”.
A restrição de conteúdo
Segundo post no blog da empresa, será restringida a visualização de determinados tipos de conteúdo para os jovens nessas redes sociais, mesmo que seja de amigos e pessoas seguidas por eles. Alguns exemplos de tais conteúdos são aqueles que discutem lutas contra a autolesão e distúrbios alimentares ou que “incluem bens restritos ou nudez”. Conforme a Meta, também será feito o ajuste automático dos adolescentes para a configuração de controle de conteúdo mais restritivo no Instagram e Facebook.
Ações automáticas caso usuários não mintam a idade
As mudanças serão aplicadas automaticamente, desde que os adolescentes não mintam sobre sua idade durante o cadastro. “Já aplicamos essa configuração restritiva para novos adolescentes quando eles aderem ao Instagram e Facebook e agora estamos expandindo para adolescentes que já usam esses aplicativos”, disse a Meta.
Buscas por conteúdos sensíveis serão limitadas
A empresa também informou que, quando as pessoas fizerem buscas por termos relacionados a suicídio, autolesão e distúrbios alimentares, esses resultados relacionados serão ocultados e os usuários serão direcionados a recursos de especialistas para ajuda.
Críticas às novas medidas da Meta
Contudo, alguns críticos afirmam que as mudanças chegam tarde demais. “Dado que a empresa tem capacidade de ocultar conteúdo pró-suicídio e ligado a distúrbios alimentares, cabe questionar por que esperaram até 2024 para anunciar essas mudanças?”, refletiu Josh Golin, diretor executivo do grupo de advocacia online para crianças Fairplay, em entrevista à ABC News.
Em outubro passado, uma coalizão bipartidária de 33 procuradores-gerais norte-americanos abriu um processo federal contra a Meta, alegando que a empresa “conscientemente concebeu e implementou recursos prejudiciais no Instagram, Facebook e em outras redes sociais, com o objetivo de tornar crianças e adolescentes dependentes”.