O mercado brasileiro de soja inicia o ano de 2024 envolto em incertezas que desafiam a produção. Os contratos da soja em grão, com entrega prevista para março, encerraram com uma alta de 3,50 centavos ou 0,27%, atingindo US$ 12,77 por bushel. No entanto, mesmo com esse cenário, o mercado interno da soja no Brasil não apresentou negócios significativos, registrando preços nominais mistos, com o dólar em queda e Chicago em ascensão.
A semana revela-se pouco movimentada, com produtores relutantes em efetuar vendas diante das atuais cotações consideradas desfavoráveis. O preço em diversas regiões, como Passo Fundo (RS) e Rondonópolis (MT), permaneceu estável, enquanto em outras localidades, como Porto de Paranaguá (PR), houve valorização. O quadro sugere uma postura cautelosa por parte dos agricultores, refletindo na ausência de negociações expressivas.
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) apresentaram recuperação após três sessões consecutivas de perdas. O bom desempenho do petróleo, que registrou um aumento superior a 3% no fechamento de Chicago, contribuiu para essa reversão técnica. No entanto, as atenções permanecem voltadas para o clima no Brasil, onde o retorno das chuvas trouxe alívio, mas a perda estimada na safra brasileira precisa ser considerada.
O mercado aguarda ansiosamente a divulgação de novos números pela Safras, que inicialmente projetava uma produção de 161,4 milhões de toneladas e agora trabalha com a estimativa de 158,2 milhões. A falta de chuvas no país pode impactar esses números, e a expectativa é que uma nova avaliação seja apresentada na próxima sexta-feira.
Os contratos futuros da soja, com entrega em março, encerraram com ganho, refletindo uma variação de 0,27%, atingindo US$ 12,77 por bushel. A posição maio também apresentou alta, alcançando US$ 12,85 por bushel, com um ganho de 4,00 centavos ou 0,31%. Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com uma alta de US$ 0,90 ou 0,23%, chegando a US$ 380,40 por tonelada. Já no óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,60 centavos de dólar, com um aumento de 0,31 centavo ou 0,64%.
No cenário cambial, o dólar comercial encerrou a sessão estável, sendo negociado a R$ 4,9151 para venda e R$ 4,9131 para compra. A moeda norte-americana oscilou ao longo do dia, registrando uma variação entre a mínima de R$ 4,8999 e a máxima de R$ 4,9405. Essa estabilidade cambial contribui para a análise do mercado de soja, que permanece atento às oscilações de preços e condições climáticas, enfrentando as incertezas que marcam o início do ano.