Cientistas revelaram recentemente, por meio das observações do avançado Telescópio Espacial James Webb, uma descoberta inédita que pode revolucionar o entendimento da evolução estelar. Os restos compactados da supernova 1987A, uma explosão estelar notória, podem estar preservando uma estrela de nêutrons, um corpo celeste de extrema densidade. Este achado, fruto das observações do James Webb, marca a primeira vez que os efeitos da emissão de alta energia dessa provável jovem estrela de nêutrons foram detectados diretamente.
O estudo, liderado por Claes Fransson e publicado na revista científica “Science”, discute várias possibilidades, todas envolvendo uma estrela de nêutrons recém-nascida. As evidências diretas da emissão desencadeada por esse objeto compacto, muito provavelmente uma estrela de nêutrons, foram obtidas graças ao James Webb, consolidando-se como uma conquista significativa no campo da astronomia.
A supernova 1987A, ocorrida na Grande Nuvem de Magalhães, foi observada pela primeira vez em 1987 e representa a primeira supernova visível a olho nu desde 1604. Ao longo dos anos, especulações sobre se seu núcleo colapsado formou uma estrela de nêutrons ou um buraco negro persistiram. No entanto, a confirmação definitiva era desafiadora até as recentes observações do James Webb.
Em 1987, observatórios terrestres detectaram uma explosão de neutrinos, sugerindo a formação de um objeto compacto. Contudo, a incerteza permanecia sobre se seria uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. Até então, não havia assinaturas convincentes desse objeto recém-nascido em qualquer explosão de supernova.
As imagens capturadas pelo James Webb revelaram sinais intensos de emissão de alta energia, especialmente de argônio ionizado, provenientes do centro do remanescente da supernova 1987A. Esses sinais fornecem fortes indícios da presença de uma fonte de radiação de alta energia, sugerindo fortemente ser uma estrela de nêutrons.