Os Santos do dia 15/05, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Santos Faustino e Jovita. Quem são os santos do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desses santos, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Santos Faustino e Jovita dignos de serem lembrados e celebrados neste dia especial.
santos Faustino e Jovita
Diretamente da península italiana da Lombardia, trazemos a história de São Faustino e São Jovita, irmãos mártires que, segundo os registros, nasceram em 90 e 96, respectivamente, na icônica cidade de Bréscia. Dedicados à fé cristã, eles foram martirizados no século II, no auge das perseguições religiosas.
As informações restantes sobre os santos foram passadas através das gerações por meio da tradição. Grande parte da documentação histórica a respeito deles foi infelizmente destruída ou confiscada durante esses tempos turvos de conflitos religiosos.
Como eles expressavam sua fé?
Contrariando as regras impostas pelos imperadores Trajano e Adriano, os irmãos Faustino e Jovita tinham a audácia de professar sua fé abertamente. As prisões estavam transbordando de cristãos, que só seriam liberados caso renunciassem a sua fé publicamente. Se negassem, seriam martirizados. A situação em Bréscia, e em particular na Lombardia, refletia esse cenário.
O que aconteceu com Faustino e Jovita?
Sob as sombras da noite, o Bispo Apolônio ordenou Faustino como sacerdote e Jovita como diácono. Continuaram a servir a sua comunidade realizando milagres, convertendo não-cristãos e destruindo ídolos. Mas, depois de serem acusados pelo prefeito, foram espancados e sofreram torturas terríveis, mas conseguiram sobreviver. Depois de um tempo, foram levados para Roma e condenados à morte. A execução ocorreu em sua cidade natal, Bréscia, em 15 de fevereiro de 146, através de decapitação.
Que importância eles têm para a igreja?
Existe uma tradição que alega que Jovita era irmã virgem de Faustino, e por isso não era sacerdote como ele. Entretanto, a Igreja comprovou que ambos eram mártires homens, devido ao fato de que a palavra “Jovita”, que significa “jovem”, era usada apenas para designar o gênero masculino naquela época.
O primeiro registro sobre o culto a estes dois santos mártires está no livro “Diálogos” de São Gregório Magno. Durante os anos de 720 a 730, os restos mortais de Santos Faustino e Jovita foram movidos do cemitério de São Latino até a igreja de Santa Maria, que mais tarde passou a ser nomeada de São Faustino e Jovita. Há uma rica história de troca de relíquias entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia; a Catedral de Bréscia recebeu uma relíquia de São Bento, enquanto os monges ficaram com uma de São Faustino.
São Faustino e Jovita na cultura popular
Tradicionalmente, nas artes, São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. No entanto, a influência e a veneração a eles vão além das obras de arte. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escreveu ao seu amigo, o bispo de Vicenza, a narrativa de uma invasão realizada pelas tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, na qual os dois santos teriam surgido, vestidos de guerreiros, para lutar ao lado da população Bresciana.
Hoje, uma das grandes festividades na Lombardia é a celebração em homenagem a São Faustino e Jovita. No dia 15 de fevereiro, a população de Bréscia presta reverência aos seus padroeiros durante a celebração litúrgica.