IBGE: Desigualdade social no Brasil cai ao menor nível desde 2012

Em 2024, o rendimento médio das famílias brasileiras atingiu um nível recorde, marcando uma mudança significativa em relação ao ano anterior. Desta vez, o aumento da renda foi acompanhado por uma redução na desigualdade social, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) revelou que a concentração de renda caiu para o menor nível desde o início da série histórica em 2012. O Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, reduziu-se para 0,506 em 2024, uma melhora em relação aos 0,518 registrados nos dois anos anteriores.

Essa mudança é atribuída ao crescimento mais acentuado do rendimento entre os mais pobres em comparação com os mais ricos.

Como a desigualdade de renda diminuiu no Brasil?

O principal fator para a diminuição da desigualdade de renda em 2024 foi o aumento significativo do rendimento domiciliar per capita entre as classes mais baixas. Enquanto a média nacional de crescimento da renda por pessoa foi de 4,7%, os 5% da população com menores rendimentos experimentaram um aumento de 17,6%.

Este crescimento desproporcional beneficiou especialmente as famílias mais pobres, contribuindo para a redução da desigualdade.

Apesar do progresso, o rendimento médio dos 5% mais pobres ainda é bastante baixo, com apenas R$ 154 mensais por pessoa. Isso representa uma situação em que uma família de quatro pessoas vive com pouco mais de R$ 600 por mês.

Em contraste, os 10% mais ricos viram um aumento modesto de 1,5% em seus rendimentos, com uma média de R$ 8.034 mensais por pessoa.

Papel do mercado de trabalho e dos programas sociais

Além dos programas sociais de transferência de renda, o mercado de trabalho desempenhou um papel crucial na redução da desigualdade em 2024. O aumento do rendimento médio dos trabalhadores foi mais pronunciado entre aqueles que ganham menos, refletindo um comportamento menos desigual do mercado. 

O reajuste do salário mínimo também foi um fator importante, impactando não apenas o mercado de trabalho, mas também outros tipos de rendimento, como aposentadorias e pensões. A expansão do programa Bolsa Família e o aumento dos valores médios pagos com o benefício destacam-se como contribuições significativas para a melhoria das condições de vida das famílias mais pobres.

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