O impacto da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho está reconfigurando ocupações tradicionalmente associadas à classe média. Nos Estados Unidos, gigantes da tecnologia como Microsoft e Google implementam demissões significativas devido à automação e à integração de ferramentas de IA, afetando milhares de trabalhadores.
Entre 2023 e 2025, a Microsoft realizou demissões que somam aproximadamente 12.900 funcionários. Mudanças semelhantes ocorreram em outros setores, com empresas financeiras como Morgan Stanley reduzindo equipes.
Essas dinâmicas mostram a rapidez com que funções antes essenciais estão sendo transformadas, enquanto a IA automatiza cerca de 30% do trabalho de desenvolvimento de software, reduzindo a demanda por mão de obra humana em áreas críticas.
Setores impactados pela automação
Não é apenas o setor de tecnologia que é afetado. Finanças, jurídico e marketing também enfrentam transformações profundas. A habilidade da IA em realizar tarefas complexas, como análises de mercado e a criação de contratos legais, levanta preocupações sobre a segurança de empregos.
No entanto, ao mesmo tempo em que ameaça certas ocupações, a tecnologia cria novas oportunidades, estimulando a demanda por especialistas em machine learning e analistas de dados.
Como consequência, a classe trabalhadora enfrenta a necessidade de requalificação contínua para se manter competitiva. A procura por habilidades relacionadas à tecnologia, como programação e análise de dados, tornou-se essencial.
Desigualdade econômica
A relação entre tecnologia e desigualdade econômica está se aprofundando. Desde 1979, a produtividade subiu substancialmente, enquanto o crescimento salarial foi modesto, aprofundando a desigualdade econômica.
A inteligência artificial, cuja história começa na década de 1950 com os primeiros algoritmos de aprendizagem e redes neurais, continua a evoluir rapidamente. Avanços recentes incluem agentes de IA autônomos, gerando debates sobre sua utilidade social e impacto econômico.