Gusttavo Lima e muitos outros: veja os artistas que tiveram seus bens bloqueados pela justiça
Recentemente, foi deflagrada uma operação policial em cinco estados brasileiros, envolvendo a empresa Balada Eventos, de propriedade do cantor Gusttavo Lima, em um suposto esquema de lavagem de dinheiro e participação em apostas ilegais.
Segundo documentos revelados, a Justiça também ordenou o sequestro de imóveis e embarcações pertencentes à mesma empresa.
Em uma nota ao programa Fantástico, a defesa do cantor negou qualquer envolvimento de Gusttavo Lima e sua empresa em atividades ilícitas. A alegação é de que a Balada Eventos teria vendido um avião para uma das empresas investigadas, sem conhecimento de qualquer esquema criminoso.
No entanto, a polícia investiga conexões entre a Balada Eventos e empresas de José André da Rocha Neto, um empresário da Paraíba, também envolvido nas suspeitas. A empresa de Rocha Neto, a JMJ, foi responsável pela compra de um avião de Gusttavo Lima, operação que levantou sinal de alerta para as autoridades.
Como funcionava o suposto esquema de lavagem de dinheiro?
De acordo com informações obtidas pelas autoridades, o esquema de lavagem de dinheiro operava através de transações complexas e compra de bens de grande valor, como o avião de Gusttavo Lima. Essas práticas visariam camuflar a origem ilícita do dinheiro proveniente de apostas ilegais.
A prisão de José André da Rocha Neto foi decretada, mas ele é considerado foragido, pois estaria fora do país no momento da operação. As contas pessoais de Rocha Neto e suas empresas tiveram bloqueio judicial de aproximadamente R$ 195 milhões.
A defesa do cantor argumenta que ele e sua empresa não estão ativamente envolvidos no esquema. No entanto, a investigação ainda está em andamento e poderá levar a novos desdobramentos.
Artistas que já tiveram seus bens bloqueados pela Justiça
Mc Guimê
Em 2023, a Justiça de São Paulo penhorou todos os bens e rendimentos de MC Guimê, incluindo os cachês e prêmios recebidos no BBB23. A decisão fez parte de um processo movido por dois empresários que cobravam do cantor uma dívida milionária.
O cantor foi alvo dessa ação devido à compra de um imóvel em Alphaville, Santana do Parnaíba, em 2016. O valor do imóvel era de R$ 2,2 milhões, mas a falta de pagamento de parcelas deixou uma dívida de R$ 777 mil, que com multas e juros chegou a R$ 2,9 milhões.
MC Guimê e sua defesa alegaram que as parcelas finais do contrato de compra do imóvel não foram pagas porque os empresários não entregaram a casa reformada, como havia sido combinado. Segundo o funkeiro, essa falta de cumprimento por parte dos vendedores justificaria o abatimento dos valores.
No entanto, a Justiça não acolheu essa argumentação, resultando na decisão de penhora dos bens e rendimentos.
Bruno Gagliasso
Em julho deste ano, a Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio das contas do ator Bruno Gagliasso devido a uma dívida pendente com o município. Segundo informações, a dívida é relacionada a uma multa administrativa de um estabelecimento comercial do ator, localizado em Icaraí, Niterói.
A multa foi aplicada em 2019 e, originalmente, era de R$ 1.716. No entanto, com juros, correções e honorários advocatícios, o valor subiu para R$ 5.041,67. Bruno foi intimado a pagar a quantia em cinco dias, mas não cumpriu o prazo, levando a Justiça a bloquear mais de R$ 21 mil de suas contas, transferindo o montante para uma conta judicial.
Pabllo Vittar
Em setembro de 2022, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou o bloqueio das contas bancárias de Pabllo Vittar. A medida foi tomada em razão de uma dívida originada pela compra de um imóvel em Uberlândia, Minas Gerais. Esse caso, que se iniciou em 2018, dizia respeito a uma transação feita em 2017.
A defesa do artista argumentou que, até o momento do bloqueio, Pabllo nunca havia sido formalmente notificado sobre o processo. A 11ª Vara Cível de Brasília foi a responsável por emitir a ordem de bloqueio das contas e fundos de investimentos em nome do artista, atendendo à falta de pagamento do valor devido.
Joelma
Em março deste ano, a Justiça de Recife determinou o bloqueio do passaporte da artista devido a uma ação trabalhista que ultrapassou o valor de R$ 1 milhão. O juiz Gustavo Augusto Pires de Oliveira, da 11ª vara do Trabalho de Recife, foi quem proferiu a decisão.
O magistrado justificou a medida alegando que Joelma goza de um padrão de vida elevado enquanto evita cumprir suas obrigações judiciais. Em sua análise, foram encontrados apenas imóveis com restrições judiciais, o que evidenciou a necessidade do bloqueio do passaporte como tentativa de garantir a satisfação do crédito trabalhista.
O valor inicial do processo foi calculado em R$ 843 mil em 2021. No entanto, devido aos juros e à correção monetária, o montante passou de R$ 1 milhão. As constantes tentativas frustradas de cobrança levaram a Justiça a adotar medidas mais drásticas, como o bloqueio do passaporte da cantora.