A Bolívia decidiu rejeitar a Starlink, serviço de internet via satélite da empresa SpaceX, liderada por Elon Musk. O governo boliviano tomou a decisão para proteger a soberania digital do país e redirecionar suas parcerias tecnológicas para a China.
Atualmente, a Bolívia enfrenta um problema de exclusão digital, com menos de 55% dos lares conectados à banda larga e velocidade de internet considerada entre as mais lentas na América do Sul. A decisão visaria manter o controle nacional das comunicações e dar enfoque em tecnologias que respeitem a soberania nacional.
A infraestrutura de comunicação boliviana atualmente depende do satélite chinês Túpac Katari 1, lançado em 2013. Este equipamento, embora importante, tem uma expectativa de vida útil que se encerra em 2028, necessitando de atualizações.
Por isso, a Bolívia estuda novas parcerias, incluindo o sistema SpaceSail, ainda em processo de desenvolvimento por empresas chinesas, para competir com serviços como o Starlink.
Parceria com a China
A Bolívia intensifica sua aliança com a China, que envolve a transferência de tecnologia e suporte à infraestrutura estatal. Enquanto a tecnologia chinesa ainda está em desenvolvimento, a Bolívia opta por soluções que incluam não apenas tecnologia avançada, mas também respeito pela regulação nacional. A estratégia busca preencher a lacuna digital sem comprometer a soberania política e tecnológica do país.
Internamente, apesar da resistência a tecnologias estrangeiras, hotéis e estabelecimentos em áreas isoladas tentaram contornar a falta de conexão contrabandeando equipamentos da Starlink do Chile. Esses sistemas foram rapidamente desativados após serem identificados, evidenciando a necessidade de soluções locais adequadas.
O governo busca agora alternativas que beneficiem setores críticos da sociedade, enquanto mantém a independência tecnológica.