A SpaceX, liderada pelo empresário Elon Musk, recentemente conduziu o segundo teste de voo do protótipo do foguete Starship. O lançamento, ocorrido no sábado (18), representou um avanço significativo em relação ao teste anterior, no qual o foguete sofreu danos pouco após a decolagem. Nesta nova tentativa, a empresa conseguiu levar o Starship ao espaço, mesmo que os estágios tenham explodido pouco depois da separação.
A separação dos estágios ocorreu cerca de dois minutos e 40 segundos após o lançamento, aparentemente sem contratempos. No entanto, o propulsor Super Heavy explodiu pouco depois dessa etapa. Kate Tice, engenheira da SpaceX, mencionou durante a transmissão do lançamento que os dados provenientes da explosão seriam utilizados para aprimorar a sequência de aquecimento do estágio e possivelmente melhorar o hardware para futuros voos.
O Starship continuou voando por algum tempo após a separação, desativando seus motores quase nove minutos após o lançamento. Contudo, a SpaceX perdeu contato com a espaçonave a uma altitude de 148 quilômetros, viajando a uma velocidade de 24 mil km/h. John Insprucker, engenheiro de integração na SpaceX, mencionou que o sistema de terminação de voo do Starship foi ativado tardiamente na queima dos motores, sem fornecer uma explicação para tal.
Starship
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos informou que a explosão não causou ferimentos nem danos significativos. Após o primeiro teste de voo, a agência relatou danos ambientais, como uma área queimada em um parque próximo. O objetivo deste teste de voo era que o Starship completasse quase uma volta ao redor da Terra, sem atingir a órbita. Para isso, a espaçonave deveria reentrar na atmosfera e descer próxima ao litoral do Havaí aproximadamente 90 minutos após o início da missão.
Apesar da explosão, este novo teste de voo representou notáveis avanços em relação ao anterior, realizado em abril. Naquela ocasião, o foguete começou a tombar e foi destruído pelo sistema de terminação de voo, acionado alguns minutos após o lançamento. A SpaceX corrigiu as falhas nos motores do Super Heavy, responsáveis pela falha anterior, e implementou mudanças no processo de separação dos estágios, além de melhorias na infraestrutura em solo.
O Starship, considerado o foguete mais alto do mundo, é a aposta central da SpaceX para transportar pessoas e cargas a destinos distantes, incluindo a Lua e Marte. A NASA também firmou contrato com a SpaceX para desenvolver uma versão do veículo destinada aos pousos lunares do programa Artemis. No entanto, os atrasos no desenvolvimento do Starship podem impactar o cronograma das missões lunares da NASA.