FIES Social abre inscrições; confira os requisitos e como se inscrever
Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) está oferecendo 112 mil vagas de ensino superior através do programa de Financiamento Estudantil (Fies), em diversas áreas do conhecimento em todo o Brasil. Pela primeira vez, metade dessas vagas será destinada à nova categoria do programa, o Fies Social.
O Fies Social foi lançado pelo governo no início deste ano para beneficiar alunos de baixa renda que desejam cursar graduação em universidades particulares. Este programa é destinado a estudantes inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) com renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 706). Com este programa, o governo pretende garantir mais acesso ao ensino superior para pessoas de baixa renda.
As inscrições podem ser feitas pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, no site do governo federal, até a sexta-feira (15). O resultado vai ser divulgado no dia 21 de março.
As diferenças entre o Fies e o Fies Social
A principal diferença entre as duas modalidades é a porcentagem do financiamento. No Fies Social, o governo pode cobrir até 100% do valor do curso, uma mudança significativa em comparação com os termos anteriores do Fies.
Antes de 2016, o Fies não oferecia empréstimos que cobriam integralmente os encargos educacionais. A porcentagem do financiamento era determinada pelo salário médio da família do aluno. Quanto menor o salário, maior era a parte da mensalidade que poderia ser paga após a formatura. No entanto, era impossível alcançar 100% de financiamento.
Para ilustrar, na mesma faculdade que custava R$ 10 mil por mês, um estudante com renda familiar per capita de 1,5 salário mínimo poderia conseguir cerca de 85% de financiamento (e não 100%). Já para estudantes com renda familiar de 3 salários mínimos (o máximo permitido pelo programa), somente 58% do valor seria financiado.
Essa realidade tornava difícil para muitos alunos continuar na universidade, pois o pagamento da parte não financiada se tornava cada vez mais desafiador, especialmente para quem estudava em cursos integrais e não podia trabalhar.
Vale ressaltar que, apesar do financiamento total, os limites do Fies continuam válidos para o Fies Social. Portanto, o programa não financiará mais do que R$ 42,9 mil por semestre (no caso de Medicina, o limite é de R$ 60 mil). O valor que exceder esse teto deverá ser pago mensalmente pelo estudante.
Outra alteração foi em relação à escolha de cursos. Anteriormente, se o aluno escolhesse um curso de Exatas, como Engenharia, por exemplo, todas as demais opções deveriam ser também dessa área do conhecimento. Não era possível, por exemplo, optar por Direito ou Letras, que são de Humanas. Com a nova modificação, o aluno agora pode se inscrever em cursos de várias áreas, aumentando suas possibilidades de aprovação.