No 35° lugar da lista de países que mais perseguem cristãos no mundo – ranking divulgado pela organização Portas Abertas, o Egito se destaca como um dos territórios mais perigosos para seguidores de Jesus Cristo. No centro desse palco de hostilidades, uma das histórias recentes mais impactantes envolve o sequestro de uma cristã, cujo ato desencadeou reações de indignação e revolta em sua família e comunidade.
No último dia 11 de outubro, uma jovem cristã de 25 anos, Enjy Malak Baseet, desapareceu. Segundo os relatos, ela saiu para trabalhar e não foi mais vista. Sua família, residente na cidade de Marsa Matruh, segue em busca de respostas sobre o que ocorreu.
Sequência de eventos que revelam uma chocante realidade
O pai de Enjy Malak Baseet, chamado Malak, após não obter informações junto a outros parentes, viveu um amplo pesadelo com o evento subsequente. Foi a esposa de Malak que passou por essa angustiante experiência ao atender uma ligação de número desconhecido e ouvir que a filha estava em posse do interlocutor. Numa ameaça velada, o desconhecido asseverou que eles nunca mais veriam Enjy novamente.
As autoridades estão omissas diante de sequestros?
Diatante do medo e desespero, os pais de Enjy buscaram ajuda das autoridades locais, esperando que pudessem fazer alguma coisa. Porém, em vez de serem acolhidos, eles encontraram a apatia dos agentes. Apesar do relato angustiante sobre o telefonema, a Polícia negligenciou o caso, apenas o considerando como um desaparecimento.
Algum tempo após a denúncia, a família de Enjy decidiu retornar à delegacia para obter informações sobre a investigação. No entanto, foram surpreendidos ao descobrir que o caso havia sido arquivado e encerrado sem a devida atenção. Agora, todos esses eventos põem em xeque o papel das autoridades nestes casos, deixando a cristandade egípcia em estado de alerta.
Representantes da organização Global Christian Relief estão acompanhando o caso de Enjy e solicitam orações. O pai da jovem, ainda sem notícias sobre o paradeiro da filha, lamenta a situação. “Ainda não sei onde minha filha está. Estamos em uma situação muito ruim”, relata.