Os ateus estão sugerindo que Deus permite o canibalismo, uma alegação que requer uma análise profunda e cuidadosa. De fato, o canibalismo aparece nos tempos bíblicos, mas Deus não estava de acordo com tal prática. Para trazer uma maior compreensão, vamos examinar os versículos e analisá-los.
Os textos de Deuteronômio 28:53, 2 Reis 6:27-29, Lamentações 2:20 e Ezequiel 5:10 trazem narrativas de períodos calamitosos, em que inimigos cercaram a terra de Israel, provocando extremo sofrimento e fome. Nesse cenário, pais e mães desesperados comiam ou ameaçavam comer seus próprios filhos. No entanto, é importante ressaltar que esses não são retratos do cotidiano do povo bíblico, mas uma expressão do desespero frente à intensa adversidade.
Os textos do Levítico e de Jeremias: Um sincero olhar sobre a sua expressão
Jeremias 19:9 e Levítico 26:29 descrevem situações semelhantes, mas com um detalhe que chama a atenção: “Eu farei com que comam a carne dos seus filhos e das suas filhas”; “Vocês comerão a carne dos seus filhos e das suas filhas”. Tais expressões, entretanto, não devem ser interpretadas como se Deus estivesse promovendo o canibalismo, o que seria contraditório à Sua lei: “Não matarás” (Êxodo 20:13).
Essas palavras merecem uma interpretação substancialmente contextualizada. A calamidade imposta sobre Judá pelos pecados do próprio povo foi tão grande que os pais se viram compelidos a comer a carne de seus filhos. No entanto, é evidente que esta era uma expressão de castigo severo para aqueles que desobedeciam aos mandamentos de Deus, e não uma aprovação de tal prática (Levítico 26:14-17).
O Canibalismo era comum entre outros povos? Uma compreensão cultural relevante
Em relação a outros povos fora de Israel, entretanto, há relatos de práticas canibalísticas. Essas práticas, baseadas em premissas distintas das dos judeus, envolviam crenças de que a absorção do sangue ou o consumo do cérebro de uma pessoa falecida transferiria ao consumidor algumas das virtudes (inteligência, habilidades, força…) desse indivíduo. No entanto, isso diferia bastante da visão de mundo de Israel e de sua Lei, que expressavam total aversão a tais costumes.
Os ateus estão sugerindo que Deus permite o canibalismo, uma alegação que requer uma análise profunda e cuidadosa. De fato, o canibalismo aparece nos tempos bíblicos, mas Deus não estava de acordo com tal prática. Para trazer uma maior compreensão, vamos examinar os versículos e analisá-los.
Os textos de Deuteronômio 28:53, 2 Reis 6:27-29, Lamentações 2:20 e Ezequiel 5:10 trazem narrativas de períodos calamitosos, em que inimigos cercaram a terra de Israel, provocando extremo sofrimento e fome. Nesse cenário, pais e mães desesperados comiam ou ameaçavam comer seus próprios filhos. No entanto, é importante ressaltar que esses não são retratos do cotidiano do povo bíblico, mas uma expressão do desespero frente à intensa adversidade.
Os textos do Levítico e de Jeremias: Um sincero olhar sobre a sua expressão
Jeremias 19:9 e Levítico 26:29 descrevem situações semelhantes, mas com um detalhe que chama a atenção: “Eu farei com que comam a carne dos seus filhos e das suas filhas”; “Vocês comerão a carne dos seus filhos e das suas filhas”. Tais expressões, entretanto, não devem ser interpretadas como se Deus estivesse promovendo o canibalismo, o que seria contraditório à Sua lei: “Não matarás” (Êxodo 20:13).
Essas palavras merecem uma interpretação substancialmente contextualizada. A calamidade imposta sobre Judá pelos pecados do próprio povo foi tão grande que os pais se viram compelidos a comer a carne de seus filhos. No entanto, é evidente que esta era uma expressão de castigo severo para aqueles que desobedeciam aos mandamentos de Deus, e não uma aprovação de tal prática (Levítico 26:14-17).
O Canibalismo era comum entre outros povos? Uma compreensão cultural relevante
Em relação a outros povos fora de Israel, entretanto, há relatos de práticas canibalísticas. Essas práticas, baseadas em premissas distintas das dos judeus, envolviam crenças de que a absorção do sangue ou o consumo do cérebro de uma pessoa falecida transferiria ao consumidor algumas das virtudes (inteligência, habilidades, força…) desse indivíduo. No entanto, isso diferia bastante da visão de mundo de Israel e de sua Lei, que expressavam total aversão a tais costumes.
Como a Bíblia aborda o Canibalismo?
Em uma das histórias narradas no Antigo Testamento, especificamente em II Reis 6:24-33, é relatado um caso de canibalismo. Devido a um cerco por tropas da Síria, a cidade de Samaria, do antigo Reino de Israel, experimenta uma escassez severa de alimentos, levando seus habitantes a sobreviverem com fezes de pombos trocadas por prata. A falta extrema de recursos alimentares leva duas mães a combinar o consumo dos próprios filhos. No entanto, após o primeiro infanticídio e seu subsequente canibalismo, a mãe da segunda criança recusa-se a cumprir o acordo, escondendo seu filho e expondo a situação ao rei.
Além deste episódio doloroso, há outras passagens na Bíblia que mencionam o tema. Citando alguns exemplos:
1 – Deuteronômio 28,53: “Na angústia do assédio com que o teu inimigo te apertar, irás comer o fruto do teu ventre: a carne dos filhos e filhas que o Senhor teu Deus te houver dado”.
2 – Lamentações 2, 20: “Vê, Senhor, e considera: a quem trataste assim? Irão as mulheres comer o seu fruto, os filhinhos que amimam? Acaso se matará no santuário do Senhor sacerdote e profeta?”
3 – Ezequiel 5,10: “Os pais devorarão os filhos no meio de ti, e os filhos devorarão os pais (ó Jerusalém!)”.
4 – Jeremias 19,9: “Eu farei que eles devorem a carne de seus filhos e a carne de suas filhas; eles se devorarão mutuamente na angustia e na necessidade com que os oprimem os seus inimigos e aqueles que atentam contra a sua vida”.
O Canibalismo é aceitável em alguma situação?
Em condições extremas de sobrevivência, o canibalismo já foi praticado, como no caso do grupo Donner em 1846 e dos sobreviventes de um acidente de avião nos Andes em 1972. Porém, a Bíblia retrata o canibalismo de maneira negativa, não parecendo que até mesmo a autopreservação justificaria tal ato.
Em síntese, ainda que as Escrituras não entreguem um comando direto contra o canibalismo, desde o princípio (Gênesis 1:26-27), Deus deixa claro que a humanidade tem valor e honra superiores aos dos animais. O canibalismo, no Antigo Testamento, está intimamente associado aos últimos estágios do julgamento de Deus, qualificando-se como uma prática desprezível e maléfica.