Entenda a polêmica da Caixa com a mudança no pagamento do Bolsa Família

A Caixa Econômica Federal (CEF), uma das principais instituições financeiras do Brasil, trabalha constantemente para oferecer soluções inovadoras e disponibilizar os benefícios sociais, como o Bolsa Família, de forma mais eficiente.

Nos últimos dias, vem sendo veiculado na imprensa uma possível parceria entre a CEF e o Banco Central (BC), uma vez que o banco estatal, ao que tudo indica, almeja desfrutar do Drex, o sistema bancário desenvolvido pela autarquia monetária. Com a ferramenta, a Caixa visa aperfeiçoar os repasses de iniciativas como o já mencionado Bolsa Família e benefícios como seguro-desemprego e seguro-defeso.

Ao contrário do que muitos pensam, a adoção do Drex por parte da CEF seria de grande ajuda para os beneficiários do programa de transferência de renda. Para elucidar as dúvidas que envolvem os planos da instituição financeira, nesta matéria, separamos todos os detalhes sobre o tema. Confira.

Afinal, o que é o Drex?

Para quem ainda não conhece, o Drex é uma plataforma baseada em blockchain, desenvolvida pelo BC. A tecnologia promete revolucionar as transações financeiras no país, uma vez que ela tem potencial de tokenizar a moeda brasileira, permitindo a compra e venda de bens e serviços utilizando essa nova forma de representação do dinheiro.

Além disso, o sistema Drex permite a convergência dos mundos online e offline, abrindo portas para diversas oportunidades de uso. Entre elas, temos justamente a solução que a Caixa procura: a possibilidade de distribuir os benefícios sociais offline, isto é, mesmo sem acesso à internet durante a transação.

Solução ideal para regiões sem acesso à internet

Apesar de parecer algo impensável nos dias de hoje, muitos lugares não possuem acesso à internet. Sendo assim, para facilitar a vida dos beneficiários que vivem nestas regiões, o Drex seria implementado ao sistema da CEF. Vale destacar que, muitas vezes, essas pessoas precisam se deslocar para outros municípios apenas para realizar o saque do auxílio em dinheiro.

Em outras palavras, o funcionamento proposto para o benefício offline via Drex é simples e eficiente. Segundo Marcos Brasiliano, vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, o valor do auxílio seria convertido para um token offline, que poderia ser um cartão pré-pago, por exemplo. O cartão seria aceito em estabelecimentos que também aceitam o Drex, operando por meio de uma maquininha.

Como vão funcionar os pagamentos?

Na prática, o processo de transação offline utilizando o Drex seria realizado no seguinte molde: o valor do benefício seria convertido para um token offline, registrando-se no sistema da CEF que aquele auxílio foi pago dessa forma. A partir daí, o token Drex poderia circular offline, sem a necessidade de conexão à internet, até o momento em que alguém deseje convertê-lo novamente para a moeda brasileira.

No entanto, é importante ter em mente que tanto o Drex quanto a solução proposta pela Caixa ainda estão em fase de testes e simulações. Como é de se imaginar, para implementar a ferramenta em todo território nacional, é de suma importância garantir a segurança e a privacidade dos usuários, resolvendo potenciais problemas que a plataforma blockchain possa vir a apresentar.

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