Eike Batista, uma das figuras mais emblemáticas do Brasil, destaca-se por sua trajetória repleta de altos e baixos. O empresário, que já foi o 7º homem mais rico do mundo, viveu momentos de glória e queda, inclusive sendo preso duas vezes durante as investigações da Lava Jato. Recentemente, ele foi convidado ao podcast Market Makers, onde compartilhou detalhes sobre sua nova aposta no setor agronegócio.
No episódio, Eike detalhou sua jornada empresarial, ressaltando seu atual foco: o melhoramento genético de cana-de-açúcar. Este setor é um dos pilares da economia brasileira, com o Brasil figurando como maior produtor mundial da planta. A área cultivada ultrapassa 9,75 milhões de hectares e a produção atinge mais de 578 milhões de toneladas.
Qual a inovação de Eike Batista no setor agrícola?
Eike Batista introduziu um tipo de cana-de-açúcar que promete revolucionar o mercado. A nova variedade, desenvolvida ao longo de 11 anos, é capaz de produzir três vezes mais etanol por hectare e até 12 vezes mais biomassa. “É uma revolução dentro da revolução, é bizarro”, afirmou.
Segundo Eike, sua equipe de cientistas coletou germoplasma de diferentes instituições ao redor do mundo para criar essa super cana. Este germoplasma é uma espécie de banco de dados que armazena material genético passível de ser transmitido entre gerações. “Juntamos todas as espécies do planeta de cana e surgimos com essa nossa super cana”, explicou.
Como essa nova cana pode revolucionar a produção de etanol?
A introdução dessa nova cana promete ser uma mudança significativa para os produtores de etanol. Eike prevê que todo usineiro vai querer adotar essa nova variedade devido à sua eficiência triplicada. “Todo usineiro vai querer plantar, trocar a espécie que ele planta hoje pela nossa espécie, porque ela é 3 vezes mais eficiente”, destacou o empresário.
- Aumento da produção de etanol por hectare
- Maior quantidade de biomassa para diferentes usos
- Possibilidade de substituir a atual variedade de cana
O bagaço da cana como substituto do plástico?
Além disso, Eike Batista acredita que o bagaço da cana-de-açúcar tem potencial para substituir o plástico no futuro. Ele demonstrou isso distribuindo canudos e garrafinhas feitos dessa matéria-prima. Eike aponta que queimar o bagaço para gerar energia é um desperdício, sendo que ele pode ser transformado em embalagens e produtos que substituem o plástico convencional.
“O bagaço de cana vai servir para substituir o plástico do mundo. Não podemos queimar nosso bagaço por 20 dólares a tonelada. Sabe quanto é que vale a tonelada transformada em embalagem? Mil a 4 mil dólares”, argumentou.
Uma nova fase para Eike Batista?
Após enfrentar uma queda drástica em sua fortuna, Eike Batista está determinado a se reinventar através do agronegócio. Já tendo tido um patrimônio de US$ 30 bilhões, ele viu sua riqueza desabar em 2013, quando sua petroleira OGX desistiu da operação na Bacia de Campos. O fracasso na mineradora agravou sua situação, reduzindo sua fortuna para cerca de R$ 8,2 milhões em 2022.
Esse novo caminho pelo agronegócio parece ser uma estratégia para recuperar o terreno perdido e transformar a tecnologia no setor agrícola brasileiro. Sua iniciativa no melhoramento genético da cana-de-açúcar não só exemplifica sua capacidade de inovar, mas também sugere um futuro promissor para o setor.
E você, o que acha dessa nova empreitada de Eike Batista? Será que ele conseguirá revolucionar o agronegócio brasileiro com sua super cana?