A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) está intensificando as medidas de biosseguridade em granjas avícolas no estado de Goiás. Até o dia 31 de janeiro, todos os agricultores que possuem esses empreendimentos são obrigados a realizar a declaração de biosseguridade de seus plantéis. A iniciativa busca mitigar o risco de introdução da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, mais conhecida como gripe aviária, em solo goiano.
A declaração, que deve ser preenchida por um médico veterinário ou pelo próprio produtor rural, exige informações detalhadas sobre as medidas de biosseguridade adotadas na granja. Isso inclui aspectos como a construção das instalações, procedimentos de limpeza e desinfecção, bem como a proteção contra a entrada de animais silvestres.
O não cumprimento dessa exigência acarreta consequências sérias. Os responsáveis técnicos pela biosseguridade das granjas e estabelecimentos avícolas podem ser responsabilizados por falta ética, conforme previsto no Código de Ética do médico veterinário. Além disso, os estabelecimentos correm o risco de terem seus registros cadastrais bloqueados, resultando na proibição da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA).
A preocupação com a gripe aviária não é exclusiva de Goiás. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) até 8 de janeiro de 2024, 151 investigações em todo o Brasil resultaram positivas para o vírus da gripe aviária. A maior parte desses casos foi identificada em animais silvestres, com registros em vários estados, incluindo Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
No contexto específico de Goiás, medidas preventivas adicionais foram adotadas. Uma portaria publicada no ano anterior orienta sobre a suspensão de eventos agropecuários que envolvem aves, enquanto um decreto estadual estabeleceu a situação de emergência zoossanitária, reforçando as ações preventivas para mitigar o risco da gripe aviária. Essas medidas refletem o compromisso do governo goiano em proteger a avicultura local e garantir a segurança alimentar da região.