O dólar americano experimentou uma significativa desvalorização, atingindo o menor valor dos últimos sete meses. A moeda encerrou a terça-feira em R$ 5,609, marcando uma queda de 1,34% em relação ao dia anterior. Este movimento foi impulsionado por uma série de fatores econômicos tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
O dólar começou a cair logo no início da sessão e continuou a descer ao longo do dia, alcançando seu ponto mais baixo por volta das 16h. Esta queda representa o menor valor desde outubro do ano passado, quando a moeda fechou em R$ 5,58. Em 2025, a moeda acumula uma baixa de 9,24%, com uma redução de 1,33% apenas no mês de maio.
Quais fatores internos influenciaram a queda do dólar?
No cenário interno, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central teve um impacto significativo. O documento indicou que os juros no Brasil permanecerão elevados por um período prolongado para controlar a inflação. Esta política de juros altos atrai capital estrangeiro, pois oferece retornos mais atrativos em comparação com as taxas de juros de economias desenvolvidas.
Além disso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, atingiu um recorde histórico de 138.963 pontos, com uma alta de 1,76%. Este desempenho positivo do mercado de ações brasileiro também contribuiu para a queda do dólar, uma vez que o aumento da confiança dos investidores estimula a entrada de capital no país.
Como o cenário internacional afetou a cotação do dólar
No âmbito internacional, a trégua na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China trouxe alívio aos mercados financeiros. A perspectiva de uma recuperação econômica na China impulsionou os preços de commodities, beneficiando países exportadores como o Brasil. Este cenário favoreceu a desvalorização do dólar, uma vez que a demanda por commodities aumentou.
Outro fator relevante foi a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou abaixo do esperado em abril. Esta notícia aumentou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa reduzir as taxas de juros básicas ainda no primeiro semestre, contribuindo para a queda do dólar em nível global.