Recentemente, os avanços tecnológicos, especialmente no campo espacial, têm proporcionado uma série de descobertas significativas. Esses progressos têm permitido aos cientistas explorar o universo de maneiras nunca antes possíveis, revelando segredos impressionantes sobre a Via Láctea e outras galáxias.
Descobertas na Via Láctea
Uma das descobertas mais notáveis foi feita por um grupo de pesquisadoras do MIT, que identificou um trio de estrelas extremamente antigas dentro da nossa própria galáxia. Essas estrelas pertencem à chamada População II, caracterizada por baixa metalicidade, o que indica que se formaram nas fases iniciais da história da Via Láctea.
Conhecidas como estrelas do sistema estelar pequeno acrescido (SASS), essas estrelas foram encontradas em uma órbita incomum, contrária ao movimento geral das estrelas da nossa galáxia. Essa peculiaridade sugere que essas estrelas podem ter sido originalmente parte de uma galáxia anã que foi absorvida pela Via Láctea há bilhões de anos.
Utilizando dados obtidos pelo telescópio de Magalhães, no Chile, as pesquisadoras puderam determinar que as estrelas SASS têm uma composição química extremamente primitiva, com uma quantidade ínfima de elementos metálicos, em comparação com o Sol.
Evolução das galáxias
Essa descoberta não apenas oferece uma janela para o passado distante da nossa galáxia, mas também lança luz sobre os processos de formação e evolução das galáxias no universo. As estrelas antigas como essas fornecem pistas valiosas sobre como as estruturas galácticas se desenvolvem ao longo do tempo cósmico, contribuindo significativamente para o campo da astronomia moderna.
O estudo das estrelas SASS foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), destacando seu impacto no avanço contínuo do nosso entendimento sobre a história e a composição da Via Láctea.