Na data de 3 de agosto de 2023, a NASA anunciou que a sua sonda Parker Solar havia concluído a 16ª órbita ao redor do Sol. Na ocasião, a sonda conseguiu estimar uma distância de aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros entre ela e a superfície do Sol, conhecida como fotosfera. A sonda, em sua trajetória, chegou a atingir uma velocidade de aproximadamente 585 mil km/h.
Enquanto passava pela coroa solar, a sonda enfrentou temperaturas próximas a 1 milhão de graus Celsius.
No entanto, graças ao escudo térmico de 11,4 cm de espessura que a equipa, os instrumentos de bordo permaneceram a uma temperatura confortável de 29,4°C. Mesmo as temperaturas externas alcançando índices de até 1.400 ºC, a Parker Solar conseguiu permanecer operando em condições normais.
Por que o espaço é tão frio se o Sol é tão quente?
A resposta a essa pergunta reside justamente no escudo térmico que equipa a nave. A diferença de temperatura experimentada pela Parker Solar é resultado da eficácia desse escudo, que permite a operação dos instrumentos da sonda em temperaturas confortáveis, apesar dos extremos térmicos externos.
Quais são os próximos passos da missão?
A nova missão da sonda Parker Solar ocorreu três meses após a 15ª órbita, que aconteceu em março de 2023. Durante essa missão, a sonda se situou a 1,6 milhão de quilômetros da superfície solar e foi favorecida por estar em uma posição em linha com a Terra.
Para o 16º voo, os cientistas aplicaram uma pequena correção na trajetória da sonda para garantir que a Parker continuará no curso planejado. Além disso, essa correção ajudará a sonda Parker Solar a realizar um sobrevoo planejado por Vênus em agosto. Essas passagens pelo planeta são essenciais para que a gravidade deste auxilie na correção da órbita da sonda, permitindo que cada vez mais se aproxime do Sol.
No futuro, a expectativa é que a Parker Solar consiga se aproximar a uma distância de até 6,1 milhões de quilômetros da fotosfera solar.