Estamos sempre buscando conciliar as diversas áreas da nossa vida com a nossa fé e nossas crenças, e é comum surgirem perguntas sobre essa junção. Um dos temas debatidos é o esporte. Com diversas opiniões e perspectivas, alguns relegiosos apresentam seus pontos de vista sobre a prática de esportes, como o futebol, na visão cristã. Segundo Adolf Schimidt, a maioria dos esportes são de competição e isso pode acirrar a rivalidade e causar brigas, o que está fora dos ensinamentos do Evangelho.
É pecado jogar bola?
Não existe uma resposta única para a questão de se jogar bola é pecado, pois a perspectiva sobre atividades recreativas pode variar entre diferentes correntes religiosas. Geralmente, a maioria das tradições cristãs não considera jogar bola como pecado em si, mas sim a intenção e o contexto em que a atividade é realizada. Se a prática promove a saúde, a camaradagem e não envolve comportamentos prejudiciais, muitos consideram-na aceitável. No entanto, é sempre aconselhável respeitar as crenças e orientações específicas de uma comunidade religiosa em particular para garantir alinhamento ético e espiritual.
Futebol e fé cristã: como conciliar?
Contudo, se a prática do esporte visa fortalecer o corpo e o espírito de fraternidade e não comprometer outras esferas da vida, como a família e a igreja, o esporte pode ser visto de maneira positiva. Excluindo aqui os esportes radicais ou de alto risco, que apresentam perigo físico ao competidor.
O que dizem outros religiosos?
Marcos Grillo trouxe para a discussão a ideia de que o problema não está no esporte, mas na atitude dos jogadores. A referência ao fato de crentes brigarem mais em campo do que não-crentes é um exemplo de como a conduta errada transforma algo que poderia ser saudável em potencial pecado.
Mary Schultze e Franck expressam que a prática esportiva não é pecaminosa se realizada por meio da fé e com respeito aos adversários. Portanto, é a forma com que o esporte é praticado que pode tornar essa atividade em pecado ou não.
Como fica a prática do esporte na visão cristã, então?
De acordo com Benício Cunha Júnior, a prática esportiva, incluindo o futebol, não é pecado em si. Faz bem ao corpo, distrai a mente e aprimora a coordenação motora. Entretanto, quando a prática esportiva é usada para despertar ira, desrespeito, ou escandalizar irmãos na fé, aí então há um problema. É um exercício de equilíbrio entre a prática saudável do esporte e a manutenção dos princípios cristãos, sempre com base na Palavra de Deus.
Em conclusão, tudo depende de como se pratica o esporte e de suas intenções. É perfeitamente possível ser um atleta e um cristão verdadeiro, desde que se mantenha a fé e os princípios cristãos durante a prática esportiva. Afinal, como lembra o pastor Airton Costa, nossas ações devem ser voltadas para a glória de Deus, independentemente do que estejamos fazendo, seja comendo, bebendo ou praticando um esporte.