O aumento da perseguição aos cristãos em todo o mundo revela uma preocupante tendência global, sendo o Irã um dos países onde essa hostilidade se manifesta de maneira intensa. Um recente relatório da ONG Article 18, divulgado em fevereiro, joga luz sobre a grave situação enfrentada pelos cristãos no Irã, contrariando as alegações do país de permitir a prática pacífica da fé.
Iranianos desmentem afirmações do pais
Intitulado “Vítimas sem Rosto: Violações de Direitos Contra Cristãos no Irã”, o estudo destaca uma série de abusos enfrentados pelos cristãos iranianos, incluindo prisões arbitrárias, espancamentos, vigilância constante e assédio sistemático. Essa realidade se desdobra em um cenário onde, até o final de 2023, pelo menos 17 cristãos presos durante o verão anterior foram condenados a penas que variam de três meses a cinco anos de prisão, além de punições não privativas de liberdade, como multas, açoites e serviço comunitário, como cavar sepulturas.
É crucial entender esse contexto à luz da perseguição crescente que os cristãos enfrentam globalmente. No Irã, o regime liderado pelos aiatolás persegue os cristãos devido ao temor do crescimento e resistência dessa comunidade, uma resistência que desafia abertamente as imposições do governo. O presidente do Congresso de Líderes Cristãos, Rev. Johnnie Moore, apontou as consequências fatais da política do Departamento de Estado dos EUA em relação ao Irã, destacando a falta de punição como fator encorajador para as autoridades perseguirem os cristãos.
Apesar das promessas do Irã de liberdade religiosa, os cristãos enfrentam brutalidade, prisões e ameaças à vida de suas famílias. As igrejas domésticas, vistas como criações dos “inimigos do Islã”, são particularmente visadas pelo regime. O relatório ressalta a grave preocupação com a “apostasia”, onde convertidos enfrentam sentenças de morte.
Diante dessa perseguição, é notável que o número de cristãos no Irã continue a crescer, desafiando as ameaças do regime e demonstrando a resiliência da fé em meio à adversidade. Esse cenário no Irã serve como um alerta para a comunidade internacional sobre a urgência de abordar e condenar a perseguição religiosa em todas as suas formas.