Conta de luz mais barata em março: governo trava reajuste, mas somente nestas regiões
Recentemente, uma medida governamental significativa foi tomada para evitar um aumento de 6% nas contas de luz de muitos consumidores brasileiros. O decreto, assinado nesta quarta-feira, dia 5, teve como objetivo impedir que um déficit financeiro na operação da Usina de Itaipu fosse repassado aos consumidores.
Essa decisão trouxe alívio para muitos, especialmente em um momento em que os custos de energia elétrica são uma preocupação crescente para as famílias.
A Usina de Itaipu, uma das maiores geradoras de energia do mundo, enfrentou um rombo de 121 milhões de dólares no ano anterior. Tradicionalmente, tais déficits são compensados por meio de reajustes nas tarifas de energia elétrica, o que acaba pesando no bolso dos consumidores.
No entanto, o governo decidiu utilizar um saldo positivo conhecido como “bônus de Itaipu” para abater o valor que seria repassado aos consumidores, evitando assim o aumento.
O que é o bônus de Itaipu?
O bônus de Itaipu é um saldo positivo que resulta da comercialização de energia pela usina. Este montante é acumulado ao longo do ano e, ao final, é utilizado para reduzir as tarifas de energia elétrica dos consumidores. Para o ano de 2023, havia um total de 1,3 bilhão de reais disponível neste bônus, que já estava programado para ser distribuído em 2025, beneficiando cerca de 78 milhões de brasileiros.
Com a decisão de utilizar este bônus para cobrir o déficit, o governo conseguiu evitar que o aumento fosse repassado aos consumidores, trazendo um alívio financeiro significativo para muitas famílias nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
O que esperar para o futuro das tarifas de energia?
Apesar da suspensão do reajuste, os consumidores devem estar atentos às futuras alterações nas tarifas de energia elétrica. A partir de maio de 2025, espera-se um aumento devido ao acionamento da bandeira amarela.
Este patamar tarifário, considerado intermediário, implica em custos adicionais de R$ 18,85 por megawatt-hora (MWh) utilizado, ou R$ 1,88 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.