Quando se fala em constelações, Órion certamente não passa batido. Esta formação estelar é conhecida pela sua posição privilegiada em relação à Linha do Equador, tornando-se visível tanto no Hemisfério Norte quanto no Hemisfério Sul. No Brasil, essa constelação é popularmente conhecida como “Três Marias”, devido às três estrelas brilhantes que compõem “o cinto” do herói grego Órion. Porém, muitos ainda desconhecem a rica história por trás desse grande símbolo astronômico.
Órion, além de ser um conjunto de estrelas facilmente identificável no céu noturno, é um personagem da mitologia grega. Existem diversas versões da história de Órion, dado que as cidades eram isoladas naquela época e cada uma criava suas próprias variações dos mitos. Em todas essas histórias, no entanto, há alguns pontos em comum.
Quem foi Órion na mitologia grega?
Na mitologia, é dito que Órion era o filho do deus dos mares, Poseidon, e da princesa de Creta, Euryale. Ele herdou de seu pai a habilidade de caminhar sobre as águas e era conhecido por ser extremamente habilidoso na caça.
Em um certo momento, Órion proclamou com tanta vanglória que mataria todos os animais do mundo, o que ofendeu Gaia, a deusa da Terra. Como punição, Gaia enviou um pequeno escorpião para matar Órion. Ao fugir do escorpião, Órion foi acidentalmente ferido por uma flecha de Ártemis, a deusa que amava, e acabou morrendo. Arrependida, Ártemis pediu a Zeus que salvasse Órion, e Zeus transformou Órion em uma constelação, que pode ser vista no céu noturno até hoje.
O que podemos encontrar na constelação de Órion?
Na constelação de Órion, podemos encontrar algumas das estrelas mais brilhantes do céu noturno. Entre elas, destacam-se: Rigel, uma bola de gás incandescente que corresponde ao joelho de Órion; Saiph, a estrela que representa o outro joelho do caçador; Betelgeuse, uma supergigante vermelha que está num dos ombros do herói; e Bellatrix, a terceira estrela mais luminosa da constelação, que está no outro ombro de Órion.
No centro da constelação, três estrelas perfeitamente alinhadas formam o que conhecemos como “cinturão” de Órion. Estas estrelas são Alnitak, Alnilam e Mintaka, nomes árabes que significam o cinto, a pérola e a corda respectivamente. Na cultura cristã, essas estrelas representam as mulheres que visitaram o túmulo de Jesus em sua ressurreição: Maria de Cleófas, Maria Madalena e Maria de Salomé.
Seja na mitologia grega, na astronomia ou na cultura cristã, a constelação de Órion segue marcando presença no nosso imaginário e no nosso céu a cada noite. Um símbolo universal que atravessou gerações e continua a inspirar fascínio e admiração por onde quer que seja observado.