A celebração de Corpus Christi é uma das mais significativas do calendário cristão, e a cidade italiana de Orvieto possui um papel essencial nessa celebração. Em meio aos magníficos vitrais e imponentes pilares de sua catedral, mora uma relíquia que é vista como um dos mais importantes milagres eucarísticos da Igreja.
Centenas de anos atrás, um padre chamado Pedro de Praga questionava a presença de Cristo na Eucaristia. Para encontrar respostas, ele decidiu fazer uma peregrinação à Roma, rogando sobre o túmulo do Apóstolo São Pedro por um sinal de fé.
Cristo na Hóstia: o Milagre de Corpus Christi?
Na volta de sua peregrinação, Pedro de Praga celebrou uma missa na cidade de Bolsena, na cripta de Santa Cristina. Durante a cerimônia, algo extraordinário aconteceu. Ao consagrar a hóstia, ela teria sangrado. Esse sangue manchou o corporal – o tecido onde a hóstia é colocada. O evento, sendo interpretado como um sinal da presença real de Cristo na Eucaristia, é até hoje conhecido como o milagre de Corpus Christi.
E o milagre eucarístico de Bolsena? Como ele está ligado ao Corpus Christi?
Em 1263, um padre alemão chamado Pedro de Praga, que tinha dificuldades em acreditar que Cristo estivesse realmente presente na Hóstia consagrada, parou na cidade de Bolsena em sua peregrinação à Roma. Durante uma missa que celebrava, sangue começou a escorrer da Hóstia consagrada, saindo em gotas pelas suas mãos e manchando o altar e o corporal. Esse evento foi confirmado pelo Papa Urbano IV, que ordenou a realização de uma procissão para introduzir as relíquias na catedral, um evento de grande pompa e cerimônia. O corporal de linho contendo as marcas de sangue ainda hoje está conservado e exposto na Catedral de Orvieto.
Origem do Milagre Eucarístico de Orvieto
No século XIII, Pedro de Praga, padre de profunda devoção mas tomado por dúvidas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, realizou uma peregrinação a Roma. Lá ele rogou sobre o túmulo de São Pedro, buscando um fortalecimento de sua fé. Ao regressar e celebrar a Santa Missa na cripta de Santa Cristina em Bolsena, ocorreu o inesperado: a hóstia que consagrava começou a sangrar, manchando o corporal com o sangue divino. Esta ocorrência chocante viajou como um relâmpago até o Papa Urbano IV, que estava próximo de Orvieto na época.