Concurso CORREIOS: edital pode abrir até 7 mil vagas
A greve dos Correios prevista para acontecer às vésperas da Black Friday foi suspensa após a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDCTE) aceitar a proposta de acordo coletivo com a companhia estatal.
Na quarta-feira (22), durante a assembleia realizada para chegar a um consenso, os representantes dos sindicatos das cidades de Bauru (SP) e dos estados do Rio de Janeiro e do Maranhão optaram por aceitar a proposta enviada pela empresa e, consequentemente, suspender a greve.
Apesar dos representantes da cidade de São Paulo se reunirem apenas na quinta-feira (23) para opinar sobre o tema, a tendência é que a proposta também seja aceita pelos colaboradores paulistas.
Como mencionado há pouco, a greve estava planejada para ter início nas vésperas da Black Friday. Segundo o sindicato, o movimento grevista seria feito em resposta a recusa dos Correios em atender os pedidos do acordo coletivo proposto pela entidade, incluindo a realização de um concurso público.
Entretanto, após aceitar o acordo proposto pela estatal, 12 das 26 demandas foram atendidas, fazendo com que o sindicato recuasse na decisão de parar os trabalhos. Dentre as medidas acatadas pelos Correios estão o reajuste salarial de R$ 250 para servidores que recebem até R$ 7 mil por mês, e um aporte no valor do vale-alimentação de R$ 1.500 adicionais.
Concurso dos Correios pode não ser realizado
Mesmo com o acordo firmado, o pedido de realização de um novo certame não foi atendido até o momento pelos Correios. Logo, ainda não se sabe quando o concurso público será realizado. Vale lembrar que a estatal não conta com um processo seletivo há mais de 10 anos, o que reforça o déficit de servidores.
Atualmente, acredita-se que existam cerca de 7 mil cargos vazios. Mas o número pode aumentar ainda mais com os pedidos de aposentadoria, a expansão das operações e demanda crescente por serviços de postagem e frete. Outro ponto que justifica a necessidade de um novo concurso é que o Governo Federal retirou os Correios da lista de privatizações.
Diante deste cenário, tanto os Correios, quanto outras estatais brasileiras não farão parte do setor privado. O anúncio foi dado em decreto pelo Executivo Federal em abril deste ano. Ao todo, sete companhias públicas foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização (PND). Confira quais são elas abaixo:
- 1. Correios — Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT);
- 2. Empresa Brasil de Comunicação (EBC);
- 3. Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev);
- 4. Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep);
- 5. Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro);
- 6. Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF);
- 7. Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec).
Com isso em mente, vale frisar que a possibilidade de um novo certame para este ano se deve a Minuta de Acordo Coletivo para 2023/2024, que ainda está pendente da assinatura dos representantes sindicais.