Os buracos negros são fenômenos cósmicos envoltos em mistério e fascínio, exercendo uma forte atração sobre a comunidade científica e o público em geral. Essas regiões do espaço, caracterizadas por um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar, são uma das áreas mais intrigantes da astrofísica.
De acordo com as teorias científicas predominantes, os buracos negros podem se formar a partir do colapso de estrelas supermassivas no final de suas vidas. Esses corpos celestes variam significativamente em tamanho, desde os menores, com dimensões comparáveis ao de um único átomo, até os maiores, com raios de vários quilômetros e massas milhões de vezes superiores à do Sol.
Contrariando uma crença comum, os buracos negros não “sugam” tudo ao seu redor indiscriminadamente. Seu campo gravitacional intenso pode, no entanto, prender estrelas e planetas distantes em órbitas espirais. Para que algo seja efetivamente atraído para dentro de um buraco negro, é necessário cruzar o horizonte de eventos, uma fronteira além da qual a velocidade de escape é maior que a velocidade da luz, impossibilitando qualquer fuga.
Os buracos negros também exercem influência sobre o espaço-tempo ao seu redor, conforme previsto pela teoria da Relatividade Geral de Einstein. Essa deformação do espaço-tempo resulta em um fenômeno conhecido como lente gravitacional, no qual a luz que passa perto de um buraco negro segue uma trajetória curvilínea devido à distorção do espaço.
Apesar de sua natureza esquiva, os buracos negros não permaneceram invisíveis para sempre. Em abril de 2019, a primeira imagem de um buraco negro foi revelada pela Comissão Europeia, obtida através do telescópio Event Horizon. Desde então, diversas observações astronômicas têm fornecido evidências cada vez mais detalhadas sobre esses fenômenos fascinantes, como a foto do buraco negro supermassivo no centro da galáxia Messier 87.
Por fim, vale destacar que os buracos negros estelares, os menores entre eles, são geralmente formados pela explosão de estrelas massivas, conhecidas como supernovas, e apresentam massas entre 10 e 100 vezes a do Sol. Esses buracos negros estelares representam apenas uma parte do vasto universo dos buracos negros, cuja complexidade e mistério continuam a desafiar nossa compreensão.