Começa a briga pela divisão dos bens de Cid Moreira: veja quem disputa
O jornalista Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos, deixando não apenas um legado de quase três décadas à frente do Jornal Nacional, mas também uma disputa acirrada entre seus herdeiros.
A trajetória de Cid na televisão foi acompanhada por batalhas pessoais, especialmente nos últimos anos. Dois de seus filhos, Rodrigo Moreira e Roger Moreira, vinham buscando a interdição do jornalista devido à alegações de incapacidade de gerir sua vida, e sua esposa, Fátima Moreira, enfrenta acusações de dilapidação de patrimônio.
O patrimônio deixado por Cid, é estimado em R$ 40 milhões.
Vida e carreira
Nascido em 1927, Cid Moreira iniciou sua carreira no rádio antes de transitar para a televisão, onde construiu uma história de sucesso como apresentador.
Seu marco começou em 1969, quando assumiu a bancada do Jornal Nacional ao lado de Hilton Gomes. A colaboração mais lembrada foi com Sérgio Chapelin, com quem compartilhou a bancada do noticiário por mais de uma década.
Durante 27 anos no Jornal Nacional, Cid se tornou uma presença constante, informando gerações de brasileiros sobre eventos nacionais e internacionais, sem nunca perder sua característica serenidade e confiança.
Problemas de saúde e disputa familiar
Nos últimos anos, Cid enfrentou complicações renais que levaram a sessões de hemodiálise. Este tratamento ocorreu inicialmente em um hospital, mas posteriormente foi transferido para sua casa, sob os cuidados de sua esposa, Fátima.
Apesar dos desentendimentos familiares que marcaram seus últimos anos, Cid e Fátima frequentemente apareciam nas redes sociais, afirmando a lucidez do apresentador até seus momentos finais. Essas aparições buscavam dissipar as acusações de incapacidade mental levantadas por seus filhos.
Legado deixado por Cid Moreira
A contribuição de Cid Moreira para a televisão brasileira vai além de sua presença no Jornal Nacional. Sua maneira distinta de comunicação ajudou a estabelecer um padrão de excelência nos noticiários, inspirando gerações de jornalistas e apresentadores.
Sua voz marcante e postura séria fizeram do Jornal Nacional um pilar no telejornalismo, marcando época e estabelecendo-se como uma parte essencial da cultura midiática brasileira.