No cenário global de produção agrícola, o milho assume uma posição de destaque como uma das culturas mais cultivadas em todo o mundo. Sua adaptação a climas mais quentes faz com que a produção esteja intrinsicamente ligada às estações de primavera e verão. Entretanto, em países como o Brasil e o México, condições climáticas favoráveis permitem até mesmo a produção de milho durante o inverno. Apesar da distribuição global dessa cultura, os Estados Unidos e a China se destacam, respondendo por mais de 50% da produção mundial.
No contexto internacional, outros países relevantes na produção de milho incluem o Brasil, a União Europeia (UE), a Argentina e a Ucrânia. Os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que, na safra 2019/20, a produção global atingiu a marca de 1,05 bilhão de toneladas, com a maior parte destinada à alimentação animal (63,3%) e o restante distribuído para diversos usos, como biocombustíveis e consumo humano direto.
Embora os maiores produtores de milho também sejam os maiores consumidores, o comércio internacional desse grão é dinâmico. Estados Unidos, Argentina e Brasil despontam como os três principais exportadores, totalizando mais de 117,17 milhões de toneladas na safra 2019/20. Do outro lado, a UE, Japão, México, Coreia do Sul e Vietnã destacam-se entre os principais importadores, adquirindo quase 74 milhões de toneladas do cereal.
O Brasil, além de figurar como um dos maiores produtores e exportadores globais, se destaca pelo consumo interno expressivo. A produção nacional de milho, ao longo dos anos, tem evoluído para incluir não apenas duas, mas até três safras anuais. Tradicionalmente, a primeira safra (verão) é plantada de setembro a dezembro, seguida pela segunda safra (inverno), de janeiro a abril. Desde 2019, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) inclui uma terceira safra, principalmente nas regiões produtoras dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Roraima, onde o plantio ocorre de abril a junho.
A terceira safra, embora represente uma parcela menor da produção total brasileira, tem ganhado relevância ao longo dos anos. No ciclo 2019/20, atingiu 1,77 milhões de toneladas, equivalendo a 1,73% da produção total. Bahia e Sergipe lideram como os maiores produtores nesse cenário, ultrapassando 849 mil e 693 mil toneladas, respectivamente.