CLT com muito orgulho: Bolsa Família agora paga inscritos que arrumaram emprego

O Bolsa Família é um programa do Governo Federal destinado a apoiar famílias em situação de vulnerabilidade financeira. No entanto, muitas pessoas se perguntam se é possível manter o benefício mesmo com um emprego formal e carteira assinada. 

Muitos brasileiros desconhecem que trabalhar sob o regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não implica necessariamente na perda imediata do benefício. Graças a regras específicas, o programa permite que algumas famílias continuem recebendo o auxílio mesmo após conseguirem um emprego.

Como funciona a Regra de Proteção?

A Regra de Proteção foi criada para oferecer uma transição econômica mais suave para as famílias que começam a trabalhar formalmente. Essa regra permite que, se a renda per capita da família subir acima do limite de R$ 218, mas ainda ficar abaixo de meio salário mínimo (R$ 706), o benefício seja mantido, mas com redução no valor.

Por exemplo, se uma família que recebe R$ 600 mensais passa a ter uma renda maior, ainda poderá receber o benefício, porém, o valor será reduzido pela metade, ou seja, para R$ 300 mensais, por um período de até dois anos. Se a renda per capita da família ultrapassar os R$ 706, o benefício será cortado.

É necessário apresentar a carteira de trabalho ao solicitar o Bolsa Família?

Sim, é importante apresentar a carteira de trabalho ao atualizar o CadÚnico. Isso assegura que todas as informações estejam corretas e que o benefício seja reajustado conforme as regras do programa. 

A comunicação clara com os órgãos responsáveis é fundamental para que a mudança na condição financeira da família não resulte em perda integral do subsídio sem aviso prévio. Assim, a transição torna-se mais suave e segura.

Compromissos necessários para manter o Bolsa Família

Além dos critérios financeiros, o programa exige o cumprimento de compromissos nas áreas de saúde e educação. Veja as obrigações:

  • Gestantes devem realizar o acompanhamento pré-natal;
  • As famílias devem seguir o calendário nacional de vacinação;
  • É necessário o acompanhamento nutricional das crianças menores de 7 anos;
  • As crianças de 4 a 5 anos precisam ter uma frequência escolar mínima de 60%, e as de 6 a 18 anos incompletos, 75%;
  • O Cadastro Único deve ser atualizado pelo menos a cada 24 meses.

Benefícios do Bolsa Família

O Bolsa Família é composto por diferentes tipos de benefícios, conforme a situação de cada família. Confira a estrutura atual do programa:

  • Benefício de Renda de Cidadania: R$ 142 por pessoa da família;
  • Benefício Complementar: Garante que todas as famílias recebam pelo menos R$ 600;
  • Benefício Extraordinário de Transição: Garante que os beneficiários não recebam menos do que recebiam no Auxílio Brasil. Válido até maio de 2025;
  • Benefício Primeira Infância: R$ 150 adicionais por criança de zero a sete anos incompletos;
  • Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes e crianças/adolescentes de 7 a 18 anos incompletos;
  • Benefício Variável Familiar Nutriz: R$ 50 para cada criança até sete meses incompletos, com início dos pagamentos em setembro.

Como consultar?

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) oferece diversas formas para que os beneficiários consultem suas informações sobre o Bolsa Família. Veja como acessar:

  • Telefone 121: Atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h;
  • Site do MDS: No www.mds.gov.br, através do Fale Conosco, é possível registrar demandas pelo formulário eletrônico;
  • Telefone 111: Canal da Caixa Econômica Federal com informações sobre o benefício;
  • Aplicativo Bolsa Família: Consulta sobre valor, situação e data de pagamento.

Além disso, a movimentação do dinheiro pode ser feita pelo aplicativo Caixa Tem, em terminais de autoatendimento, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e nas agências da Caixa Econômica Federal.

Mantenha seu cadastro atualizado e siga as diretrizes para garantir o Bolsa Família, mesmo com carteira assinada.

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