China não quis nem saber e manteve suspensão de frigoríficos do Brasil
Em março deste ano, a China impôs um embargo à carne bovina de três frigoríficos brasileiros, citando preocupações sanitárias, como a presença de resíduos de ivermectina. Esta decisão gerou debates sobre suas verdadeiras motivações e o impacto no mercado de exportação brasileiro. Apesar das restrições, o Brasil continuou a registrar altos volumes de exportação. O embargo segue em vigor.
Especialistas acreditam que a medida chinesa teve motivações comerciais, visando influenciar os preços da carne bovina no mercado internacional. No entanto, essa estratégia não surtiu o efeito esperado, já que os preços da carne brasileira se mantiveram estáveis e até aumentaram devido a fatores externos, como a demanda crescente de outros países.
Como o mercado brasileiro reagiu ao embargo
O embargo não resultou em uma queda significativa no mercado brasileiro. Pelo contrário, o país continuou a atingir recordes de exportação nos meses seguintes. A planta de Mozarlândia, em Goiás, foi uma das mais afetadas, mas o impacto geral foi mitigado pela capacidade do setor de se adaptar rapidamente às mudanças nas condições de mercado.
Analistas sugerem que a decisão da China foi uma tentativa de pressionar os preços, mas a demanda global por carne bovina brasileira, especialmente após declarações de líderes internacionais, ajudou a manter os preços elevados.
Quais medidas podem prevenir futuras restrições?
Para evitar futuros embargos, é crucial que os pecuaristas sigam rigorosamente as diretrizes sobre o uso de medicamentos veterinários. A ivermectina, por exemplo, deve ser utilizada respeitando o período de carência para evitar resíduos na carne. Este período pode variar de 30 a 120 dias, dependendo da formulação e da via de aplicação.
Além disso, o uso de antibióticos e promotores de crescimento deve ser cuidadosamente monitorado para evitar problemas como resistência microbiana. A conformidade com essas práticas é essencial para garantir a qualidade da carne e a continuidade das exportações.