Lá se vão quatro décadas desde que o astrônomo James Christy, enquanto trabalhava no Observatório Naval dos Estados Unidos, descobriu algo intrigante nas imagens de Plutão: uma protuberância peculiar. Através de estudos meticulosos e medidas precisas, Christy e o seu colega Robert Harrington confirmaram que a anomalia era, na verdade, um satélite de Plutão: Caronte.
Caronte, ou Charon em inglês, foi assim nomeada pelo astrônomo em homenagem à sua esposa Charlene, carinhosamente chamada de “Char”. No entanto, interessantemente, a terminologia também se encaixa perfeitamente na mitologia grega, já que Caronte é conhecido como o barqueiro que transportava almas através do rio Aqueronte.
A saga da descoberta do intrigante mundo gelado
A descoberta de Caronte foi anunciada ao mundo em 2 de julho de 1978, tornando aquele 22 de junho um marco significativo na história da astronomia. Acreditava-se inicialmente que Caronte era apenas uma bola rochosa monótona e cheia de crateras orbitando Plutão. No entanto, novas revelações surpreenderam cientistas e entusiastas por todo o mundo.
Quais foram as recentes descobertas sobre Caronte?
A passagem da sonda New Horizons da NASA, a apenas 29 mil quilômetros de Caronte em julho de 2015, revelou detalhes fascinantes sobre a lua de Plutão. Imagens de alta resolução mostraram que Caronte possui um cinturão de fraturas e cânions tão grande que se estende por mais de 1.600 quilômetros. Além disso, a lua também possui uma coloração polar avermelhada única, um resultado da captura e congelamento do gás metano que escapa da atmosfera de Plutão.
Por que a descoberta de Caronte é significativa para nós?
A importância da descoberta de Caronte não pode ser subestimada. De fato, Alan Stern, pesquisador principal da New Horizons, declarou que devemos uma grande dívida de gratidão a Jim Christy por sua descoberta histórica.
A exploração detalhada de Caronte auxilia na expansão do nosso conhecimento sobre o sistema solar, e pode até fornecer pistas valiosas para o entendimento da existência de possíveis mundos oceânicos fora do nosso planeta.