Capim Elefante: para que serve? Como plantar e usar na alimentação animal?

O Capim-elefante BRS Capiaçu, cultivar desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite em 2015, surge como uma alternativa valiosa para suplementação volumosa na alimentação animal. Essa variedade de capim-elefante foi projetada para oferecer opções tanto para capineira, onde a forragem é cortada e servida aos animais no cocho, quanto para a produção de silagem, contribuindo para enfrentar os desafios dos chamados “vazios forrageiros” no Rio Grande do Sul.

Com porte elevado, touceiras eretas, folhas largas e colmos grossos, o BRS Capiaçu se destaca pela resistência ao tombamento, ausência de pelos, touceiras densas e facilidade de colheita mecânica. Sua propagação ocorre através de colmos, e sua resistência ao estresse hídrico faz dele uma escolha adequada para regiões com risco elevado de veranicos.

O cultivo eficiente desse capim requer solo bem drenado, fértil e de boa profundidade. Evitar várzeas úmidas ou áreas sujeitas a alagamentos é recomendado. A calagem deve ser realizada se o pH do solo não estiver corrigido, e o preparo do solo deve ser convencional. O plantio é feito em sulcos, com espaçamento adequado para facilitar a mecanização e a irrigação, se possível.

Com um potencial de produção de biomassa que pode superar o milho e a cana-de-açúcar, o BRS Capiaçu apresenta-se como uma excelente escolha para a produção de volumoso. A idade de corte para capineira é entre 50 a 70 dias de crescimento, enquanto para silagem, o corte deve ocorrer entre 90 a 110 dias. O teor de proteína bruta e energia, embora possam ser inferiores a algumas outras silagens, é compensado pelo maior potencial produtivo por área de cultivo.

Diante dessas características, a cultivar BRS Capiaçu mostra-se especialmente vantajosa para pequenas propriedades familiares, otimizando o aproveitamento de áreas limitadas para cultivo. Para mais informações, é possível consultar o site da Embrapa, escritórios da Emater/RS-Ascar e Secretarias Municipais de Agricultura. Essa cultivar representa uma contribuição valiosa para a segurança alimentar animal, enfrentando as variações sazonais na disponibilidade de forragem.

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