Recentemente, a venda ilegal do medicamento Mounjaro tem chamado a atenção das autoridades de saúde no Brasil. O remédio, que ainda não está disponível legalmente no mercado brasileiro, tem sido comercializado de forma irregular em algumas clínicas no Maranhão e no Piauí.
Essas clínicas anunciam o produto em redes sociais e aplicativos de mensagens, oferecendo até mesmo serviços adicionais, como bioimpedância e consultas não médicas.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda do Mounjaro no Brasil está repleta de irregularidades. O medicamento só pode ser vendido em farmácias e drogarias, não pode ser fracionado e sua venda requer prescrição médica.
No entanto, investigações revelaram que algumas clínicas estão desrespeitando essas normas, colocando em risco a saúde dos consumidores.
Riscos da venda ilegal de Mounjaro
A venda ilegal de Mounjaro traz diversos riscos à saúde pública. A farmacêutica Eli Lilly, fabricante do medicamento, alertou que produtos vendidos de forma ilegal podem ser falsificados ou manipulados inadequadamente, representando riscos de segurança potencialmente fatais.
Além disso, a venda sem prescrição médica impede o controle adequado do uso do medicamento, que deve ser administrado de acordo com as necessidades específicas de cada paciente.
O Mounjaro foi autorizado pela Anvisa em 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2, mas ainda aguarda liberação para uso em emagrecimento. Mesmo assim, algumas clínicas têm oferecido o medicamento para esse fim, sem a devida avaliação médica.
Endocrinologistas ressaltam que o uso do Mounjaro deve ser cuidadosamente monitorado, com ajuste gradual da dose conforme a tolerância do paciente.